ILHA DA PÁSCOA - O UMBIGO DO MUNDO

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A ilha de Páscoa é uma ilha da Polinésia oriental, localizada no sul do Oceano Pacífico (27º 09' latitude Sul e 109º 27' longitude Oeste). Está situada a 3.700 km de distância da costa oeste do Chile e sua população é de 3.791 habitantes (censo 2002), 3.304 dos quais vivem na capital Hanga Roa. Famosa por suas enormes estátuas de pedra, faz parte da V Região de Valparaíso, pertencente ao Chile.

Em rapanui, o idioma local, é denominada Rapa Nui ("ilha grande"), Te pito o te henúa ("umbigo do mundo") e Mata ki te rangi ("olhos fixados no céu").
São 118 Km quadrados guarda um grande mistério: Uma exótica população de aproximadamente mil estátuas de pedra, com formas humanas. Como estas estátuas (de 16 a 90 toneladas com até 10 m de altura ) foram esculpidas e transportadas para os diversos recantos da ilha ainda é um enigma a ser desvendado.
 
20.9.1 - O UMBIGO DO MUNDO:
Páscoa é uma ilha vulcânica, seu território tem a forma triangular e é o pedaço de terra mais isolado do mundo, no limite da Polinésia Oriental. Sua origem consiste em três vulcões que emergiram do mar um junto ao outro, em tempos diferentes, nos últimos milhões de anos, e têm estado adormecidos ao longo da história de ocupação da ilha. O mais antigo deles é o Poike, que entrou em erupção há cerca de 600 mil anos, formando o canto sul do triângulo. A subseqüente erupção deu origem ao Rano Kau, o segundo a emergir, formando o canto sudoeste da ilha. Por último, a erupção do Terevaka, localizado no canto norte do triângulo. A ilha ocupa uma área de 170 km2 e sua elevação é de 510 metros. A sua topografia é suave, sem vales profundos, exceto suas crateras e encostas íngremes e cones de escória vulcânica.
Os habitantes locais, segundo seus "descobridores" eram gentios paupérrimos , que moravam em cabanas de colmo, tendo como subsistência o que conseguiam colher da escassa vegetação e do mar.

Hoje se encontram para visitação na Ilha de Páscoa 670 estátuas e 240 templos. Existiam no entanto milhares de estátuas , algumas de dimensões gigantescas , destacando-se entre elas uma que mede 10 metros e pesa aproximadamente 90 toneladas e outra (semi-acabada) que atingiria 20 metros de altura . Naturalmente tais estátuas não eram obra daqueles nativos . A Doutrina secreta atribui tal obra aos habitantes da Lemúria.

Os moais possuiam cabeças muito alongadas, braços pendendo ao longo dos troncos e salientes abdomens. Alguns deles apresentavam pesados blocos de pedra avermelhada (mais de 10 toneladas) sobre as cabeças (pukaos) em formato de chapéus.

A hipótese mais aceita hoje em dia assegura que os moais não representavam deuses, mas sim dirigentes políticos, espirituais e figuras antepassadas de prestígio - detentoras de poder sobrenatural (mana) que protegeria os habitantes da ilha .

Segundo uma lenda, os primeiros habitantes de Rapa Nui desembarcaram na praia de Anakena, vindos de Hiva (Marquesas e Mangareva), chefiados pelo grande soberano Hotu Matua.

As lendas contam detalhes de uma teocracia muito bem estruturada, com classes definida de sacerdotes, escultores, pescadores e agricultores.

Segundo estas lendas, o equilíbrio se rompeu porque a teocracia desviou cada vez mais a mão de obra produtora de alimentos para a construção destas obras gigantescas . Então ocorreu - segundo estas lendas - uma grande batalha entre os Hanau Eepe - orelhas compridas (a teocracia) e os Hanau Momoko ( os trabalhadores ) - ao longo do fosso de Poike; tendo como vencedores os Hanau Momoko - orelhas curtas. Como consequência começam a faltar alimentos , pratica-se o canibalismo , e acontece a destruição de muitas obras arquitetônicas. A ilha tornou-se vulnerável e aconteceram muitas incursões escravagistas e uma epidemia de varíola dizimou grande parte da população nativa.

Fonte: http://www.geocities.com/CollegePark/Field/8825/rapanui.html
 em 17/08/2009
 

20.9.2 - Umas estranhas imagens em madeira

Demis Saurat, escreve sobre o tema; "O mistério mais inquietante que mantém a ilha de Páscoa não está nas surpreendentes estátuas gigantes ou moais, mas nas numerosas estátuas menores esculpidas em uma madeira especial, chamada Toromuro, que foram primeiro tomadas como representações de mortos ou esqueletos. No entanto, um estudo médico muito preciso, baseado no estudo aprofundado das glândulas endócrinas, demonstrou que estas estátuas menores representam seres humanos vivos, mas em condições que a humanidade não parece haver conhecido ou praticado em outras partes". E conclui: "Estes homens se submetiam à disciplina divina tentando parecer-se aos insetos tanto quanto seu corpo o permitisse, buscando uma alma tão próxima à dos Deuses Insetos, quanto pudesse ser a alma humana".

Muitas teses para muitos mistérios que estão todavia em vias de ser descobertos. Por isso parece oportuno estabelecer uma síntese das diversas informações para tratar de desenvolver um "panorama" da ilha de Páscoa, que permita adiantar uma nova hipótese, partindo de tudo o que sabemos do enigma pascoense e seus prolongamentos. Vamos ver o que era Rapa Nui em tempos de seu descobrimento e para isso é preciso revisar um mito do qual podemos partir: Terra Australis Nondum Cogtiite, A Terra Austral Desconhecida.

20.9.3 - Gigantes de Pedra (Moais)
Os enigmáticos "moais" da ilha de Páscoa. Existem quase 600 disseminados por todos os lugares, e sua altura é muito considerável, superando quase sempre os seis metros. 

Já expusemos, ainda que muito superficialmente, alguns dados da ilha de Páscoa. Dados sobre sua geografia, seu descobrimento, a possível origem de seus primeiros habitantes e alguns detalhes de seus misteriosos restos arqueológicos. Porém ficou claro que ainda faltava muito por dizer.

Assim, vamos continuar tratando de revelar esses enigmas que esboçamos no tema anterior e sua possível mensagem.

20.9.4 - "MANA", uma lenda fantástica
Já ficou anotado que um dos principais problemas que apresentava o estudo e a interpretação dos "moais" gigantes era o de explicar, de uma maneira racional, o modo de transportar as estátuas desde o lugar de sua construção até o lugar de localização.

Alguns pesquisadores que estudaram o assunto destacaram que os pascoenses podiam ter conhecido, há muitos milhares de anos, a utilização do plano inclinado e de complexos sistemas à base de cangalhas. Os pascoenses ignoram, ou simulam ignorar, alguma explicação que permita ater-nos a interpretações racionais. Dizem que as estátuas foram deslocados por "Mana" o que desconcerta e faz "graça" a todos os cientistas oficiais. De todos os modos, como aponta Francis Maziére: "é estranho que a resposta seja sempre a mesma. A crença no mana é muito importante e generalizada na Polinésia".

Para compreender melhor a idéia, citemos a H. Never Mann: "O mana descansa sobre a seguinte idéia: Tudo o que sobre a terra possui um poder especial é em alguma forma a "cópia" de um modelo criado no outro mundo, seja pelos deuses, no lendário país de Hawaiki, o paraíso, ou seja, pelo contrário, no mundo inferior. É assim que quando, por exemplo, um machado cortava particularmente bem, ou quando uma embarcação indígena (barca de flutuadores ou casco duplo) se "agarrava" muito bem ao mar, a única explicação possível era que em um desses países longínquos existia um machado ou uma embarcação do mesmo tipo, das quais as cópias terrestres derivam seu "mana". Assim o "mana", ainda que pareça manifestar-se espontaneamente, é sempre emprestado".

20.9.5 - Uma idéia platônica?
Não "soa" isto à teoria platônica das idéias? Certamente, a crença no mana e a teoria platônica não são idênticas e não têm, tampouco, o mesmo significado, mas devemos admitir que existe entre ambas certa "semelhança familiar", que uma origem comum da cultura poderia explicar perfeitamente.
E mais surpreendente Jacques d'Ares, dando-nos a conhecer a existência no oceano Pacífico de uma palavra "que qualifica uma força extrafísica, uma força vital", que ortografa MaNa. "Por que curioso azar - se pergunta esta palavra tem a mesma raiz que as "Leis de Manú",Menés, Minos e o Minotauro, ou o Grande Manitú, nomes que têm direta relação com os grandes "instrutores" do mundo, isto é, com tudo o que nos vem do mundo invisível?"

20.9.6 - Significado das letras M e N
Jacques d'Ares nota de certa forma que "as duas consoantes consecutivas, M, N, são encontradas na palavra inglesa MAN que significa Homem, isto é, o que tem a "Chispa do Espírito Invisível, ainda estando constituído de matéria, caracterizados estes dois elementos pela letra N (o Desconhecido ou o Incognoscível, a divindade metafísica) e a letra M (a matéria ou Matéria Prima que representa o elemento negativo em relação com o positivo N). E por que o Homem que associa esses elementos espirituais (N) e materiais (M), e caracterizado com a MaNo, igual palavra por certo, que a Mana que sempre se MaNifestou por meio do Magnetismo, isto é, pela Mano ... ? E conclui:

"Na realidade estamos longe da ilha de Páscoa, mas muito próximo do caminho das origens da HuMANidade". Segundo as informações recebidas por Maziere, somente homens possuiam o "mana" na ilha. Uma vez terminado o dificultoso entalhe das estátuas, "o rei lhes dava o mana para deslocá-las".

20.9.7 - Os moais continham Mana
Segundo a tradição pascoense, o papel do "Mana" não somente era limitado ao deslocamento dos moais, mas também que este estranho poder habitava as estátuas chegadas a seu destino. Supõe-se que os gigantes de pedra adquiriam seu poder quando era colocado sobre suas cabeças o chapéu de pedra calcária, ou "pukao", e lhes abriam os olhos. Está comprovado que os moais do canteiro de Rano Raraku não tinham cavadas as órbitas de seus olhos. Mas quando eram colocados sobre o Ahú, lhes "abriam os olhos' " fazendo alguns buracos na cavidade orbital, e lhes colocavam um olho de coral branco, marcando a iris com calcário vermelho. Em seguida lhes tocavam com o "chapéu" , e assim as estátuas se convertiam em ídolos "carregados"; e por seus olhos abertos emanava o fluído do mana".

20.9.8 - Foram utilizadas forças estranhas?
O assunto nos sugere muitas perguntas. Se pode pensar que alguns homens, em alguma época, puderam utilizar forças eletromagnéticas ou a força de antigravitação?

Podemos deduzir que as anomalias magnéticas, que alguns navegantes detectaram e calcularam seu centro na ilha de Páscoa, se devem a alguma força nesta região do Pacífico, que os antigos sábios da ilha teriam dominado? Francis Maziere recolheu esta explicação de boca de um ancião sábio da ilha; "todos os moais do vulcão Rano Raraku são sagrados e olham uma parte do mundo sobre a qual têm o poder e a responsabilidade, é porisso que esta terra foi chamada o Umbigo do Mundo. Todos os moais que olham para o sul são diferentes. Vigiam a força dos ventos da Antártida e transmitem todos os seus poderes a uma enorme pedra vulcânica vermelha que é o limite do Triângulo das ilhas do Pacífico" .
É esta pedra a que tem relação com as anomalias magnéticas que são produzidas nesta região? Mais adiante tentaremos responder à pergunta.


20.9.9 - Outros surpreendentes achados em Páscoa
As estátuas e os Ahús, aos que também fizemos referência, não são os únicos monumentos erigidos pelos pascoenses.
Durante a expedição do norueguês Thor Heyerdahl, foi descoberto um observatório solar, baseado no princípio do Gnomom, que era um instrumento astronômico composto de uma vareta vertical que fazia sombra sobre uma superfície plana ou uma placa furada que projetava uma imagem elíptica do sol, indicando os solstícios e os equinócios. Anteriormente, no século XIX, o explorador Thomson havia descoberto as ruínas de um grande templo, situado próximo dos vulcões Rana Roraca e Rana Rau. Este templo devia medir aproximadamente, uns 35 metros por 5, atendo-nos às pedras caídas no .solo.

20.9.10 - Os restos do grande templo
"Existiam ainda muros de dois metros de altura por outro tanto de espessura", nos explica Thomson. "Algumas pedras tinham esculpidas formas que eram símbolos utilizados na primeira religião do homem".
Existem também umas incríveis avenidas ladrilhadas que desaparecem no mar. Para a arqueologia oficial estas calçadas somente seriam correntes de lava fendida ou rampas para barcos. Mas é difícil aceitar esta explicação tão simples, posto que em outros pontos da Polinésia, a muitos milhares de quilômetros de Páscoa, foram encontradas rotas similares. Segundo o arqueólogo americano Mckem, que as estudou detalhadamente, não pode duvidar-se de que se trata de rotas.
No arquipélago das Tonga, em Valewa, uma destas calçadas, de dois metros de largura, divide em duas partes a ilha: Outra rota está na ilha Vavau e sai da costa para subir em linha reta pela ladeira oeste do monte kafoa.

20.9.11 - 10.000 metros cúbicos de pedra, para quê?
Voltando ao explorador Thomson, este declarou, também, ter descoberto uma espécie de plataforma, formada por imensas pilhas de pedra. Ao parecer estes montões de pedras têm uns 10 metros de altura por 60 a 100 metros de comprimento e cada um representava um volume de 6.000 a 10.000 metros cúbicos, e segundo suas palavras "estão dispostos para serem carregados para algum outro lugar, possivelmente para a construção de templos e palácios". Por sua parte, o professor Vincent faz alusão a uma das mais antigas lendas, recolhida em um antigo livro espanhol que dá conta da viagem do capitão Gonzáles de Haedo, em 1771, à ilha de Páscoa. Esta lenda mencionaria "a existência nesta ilha de pirâmides do Antigo Continente Pacífico, hoje cobertas pelos sedimentos do Dilúvio, como algumas pirâmides do México, por exemplo, a de Cholula". Falso ou verdadeiro? Somente as explorações e o estudo profundo poderão algum dia contestar a pergunta,

20.9.12 - Restos de distintas épocas
Resumindo acerca da arqueologia da ilha, fica claro que em Páscoa coexistem vários tipos de monumentos. Uns são de construção relativamente recente como os moais e Ahús do período clássico.
Podemos dizer que em sua concepção e em suas formas são tipicamente polinésios; no entanto, tudo é diferente e desmesurado e os indígenas os fazem possuidores do poder do mana. Os outros monumentos, considerados como os mais arcaicos, estabelecem muitos problemas mais sobre sua data de construção. Alguns pesquisadores estão chegando a considerá-los como os restos de uma civilização megalítica, cujas enigmáticas ruínas estão repartidas por todo o planeta.
As surpresas e as interrogativas na ilha de Páscoa nunca terminam, em especial porque todavia não dissemos quase nada acerca do mais incrível dos mistérios: a escrita rongo-rongo.

20.9.13 - Uma escrita indecifrável
Já mencionamos no número anterior como foram descobertas as primeiras tábuas rongo-rongo da ilha, como o bispo de Taití, monsenhor Jaussen, tentou decifrar seu significado pela primeira vez. A este seguiram outros muitos estudiosos, sem que até o momento se tenha uma idéia muito acertada do que explica esta escrita.
Como Francis Maziere escreve: "estes ideogramas encerram uma força de pensamento, portanto de palavra, que nossa forma de transcrição não pode imaginar. Não existe dúvida de que estes ideogramas encerram em si mesmos toda a força de concentração e de vida que somente possuem os símbolos matemáticos, que estão sendo convertidos na única língua universal" .
Se atendemos a esta explicação de Maziere, como na ilha de Páscoa, que é uma das terras habitadas mais isolada do resto do mundo, existiu uma linguagem tão complexa e esotérica que o único comparável são as abstrações da matemática moderna?

Influências da Ásia Central? Quem imaginou esta escrita? Os relatos dos indígenas afirmam que a escrita foi levada à ilha pelo rei Hotu-Matus. No entanto, isto estabelece um sério problema aos que afirmam que Hotu-Matua procedia das Marquesas e Mangareva, porque em nenhuma outra terra polinésia se conserva a recordação destas tábuas. O primeiro indício do aparecimento de novas e mais racionais teses sobre a origem da escrita pascoense foi dado em 1894 pelo filólogo Lacouperie. Este pesquisador notou que existiam. inexplicáveis e surpreendentes semelhanças entre os "glifos" descobertos na Polinésia e os pertencentes a culturas situadas na Asia central e sudeste.

Até os anos trinta, o descobrimento do arqueólogo Guillaume de Hevessy foi uma revelação demasiadamente importante para ser ignorada. Haviam sido encontrados caracteres parecidos aos das tábuas pascoenses em selos descobertos nas escavações do Mohenjo- Daro, no vale do Indo, na India. Hevessy colocou em colunas paralelas caracteres dos selos e as tábuas, e surpreendeu-se ao observar que centenas destes sinais eram "similares e até idênticos" .


20.9.14 - A conexão com Mohenjo-Daro
Apesar da importância do descobrimento de Hevessy, não foi o primeiro achado importante que saíra das escavações em Mohenjo-Daro. Em 1921-22 e logo no ano 1927, sir Jhon Marshall e Rail Bahadur Daya surpreenderam o mundo com suas descobertas no vale do Indo declarando que haviam descoberto "uma civilização avançada e muito uniforme, muito próxima às civilizações contemporâneas da Mesopotamia e do Egito, ainda que superior em alguns aspectos". O~ descobrimentos feitos em Mohenjo-Daro e Harappa nos dão a descrição de seus habitantes do UI ou IV milênio antes de Cristo e de monstram que estes habitantes desfrutavam uma cultura muito elevada. Quase sessenta anos depois da descoberta deste lugar fantástico, não se sabe quase nada sobre quem foram os autores da civilização do Indo, de onde vieram, nem para onde desapareceram até os anos 1800-1500 antes de Cristo.

20.9.15 - Semelhanças muito difíceis de explicar
 
E aqui, novamente, o mais surpreendente de todo o encontrado foi uma Frita que ninguém pode decifrar tampouco. foram descobertos 2.000 selos talhados em esteatite, em seguida gravados e endurecidos ao calor, em Harappa e Mohenjo-Daro. Cada selo é uma representação de cenas mitológcas ou animais como búfalos, touros, cabras, tigres, etc. Também levam uma breve inscrição ao redor de uma vintena de sinais. Nem por meio de computadores conseguiu-se decifrar esta escrita. E este é o núcleo do assunto: sobre os 270 sinais registrados no Vale do Indo, 130 se parecem até confundir-se com os sinais escritos nas tábuas rongo-rongo da ilha de Páscoa. Também foi encontrado provável parentesco entre os ideogramas da ilha de Páscoa e os das Katuns as inscrições do chamado "Codex Borbonicu's",um dos livros aztecas mais antigos.

20.9.16 - o método Barthel de decifração
O nome de Thomas Barthel é inseparável do enigma das tábuas pascoenses. Graças à profundidade de seus estudos sobre a cultura polinésia, este sábio pesquisador está reconhecido no mundo científico internacional como um dos que mais contribuiu ao conhecimento das antigas civilizações. Sem regatear meios nem tempo, Barthel começou estudando todos os sistemas de escrita primitivas conhecidas e seu modo de decifração. Detalhe a detalhe, conheceu todas as civilizações polinésias, suas migrações, suas culturas e suas possíveis procedências. Finalme~te reuniu todos os sinais "rongo-rongo" co~eCldos e os catalogou. Este método lhe permitru saber se era um sistema de tipo alfabético, como o nosso, ou pictográfico. Em seguida comprovou que a escrita "rongo-rongo" tinha que ser incluída nesta segunda categoria, pois um alfabeto, em geral, não tinha mais de 30 sinais, enquanto que Barthel havia encontrado mais de 600 sinais nas tábuas pascoenses.

20.9.17 - A literatura pascoense
Depois de anos de pesquisa, o Dr. Barthel chegou à conclusão de que "a escrita pascoense consiste em um sistema de notação de palavras chave a partir das quais os Chantres rongo-rongo podiam criar salmodias e textos sagrados". Segundo Thomas Barthel os textos encerrariam contos e mitos pascoenses e polinésios, assim como detalhes de certos rituais. Outro pesquisador,J ean Bianco, que conhecia em todos os detalhes a obra de Barthel, notou que as descobertas do sábio alemão estavam demonstran do "que existe uma relação direta entre a mitologia polinésia e os conhecimentos astronômicos deste povo".

20.9.18 - Decifrando algumas palavras
E o demonstra com exemplos como este: os glifos identificados por Barthel como um tubarão e dois pássaros unidos foram cantados por Meteoro assim: Kua Moe Te Ngoe e Erue Ra Manu. Bianco nota que Ngoe é um dos nomes que os pascoenses deram à Via Láctea. "Esta palavra é, então, o equivalente de mangueira, tubarão em pascoense. Rua Manu, dois pássaros, é o nome tahitiano da Cruz do Sul. Posso assim concluir que o conto das tábuas que fala do tubarão e de dois pássaros trata na realidade sobre a Cruz do Sul, que efetivamente está na Via Láctea”.

No entanto, depois de ter adivinhado a Via Láctea por trás do tubarão, quem será capaz de encontrar o sentido último desta escrita? Ainda que Barthel e Bianco, junto com outros pesquisadores, tenham razão de pensar que as tábuas relatam hábitos, costumes e lendas da ilha de Páscoa, isto nunca nos revelaria o sentido profundo que encerra cada sinal. Tampouco podemos explicar como uma cultura se preocupou tanto de restringir o conhecimento necessário para a interpretação dos sinais a um grupo de iniciados muito limitado, se somente se tratava de contos e lendas. Ao contrário, tudo faz supor que atrás destes contos e lendas está escondida uma verdade profunda e muito distinta à tradução literal das tábuas.
Alguns pesquisadores supõem que as tábuas constituiam os arquivos da ilha, sem poder explicar por que, mais se isto fosse certo, os pascoenses foram os únicos polinésios que possuiam arquIvos.

20.9.19 - A mensagem dos iniciados
Em toda a geografia de Páscoa existe sinais por decifrar, nas tábuas "rongo-rongo" e também sobre as pedras, sobre os moais e cantilados.
Foram encontrados muitos símbolos solares entalhados nas pedras e entre os mais reproduzidos está a "vulva".
A vulva identifica simbolicamente ao sol, como o loto. O sexo feminino e o masculino, o falo, tinham um grande papel na religião primitiva.
Sobre um moai, que se encontra custodiado no Museu Britânico, foram contados de cima para baixo, um círculo perfeito representando ao sol, três traços curvos e unidos pelas bordas, com a concavidade para cima, símbolo de Mu e uma M correspondente à escrita hierática desse continente. O culto solar desenvolvido na ilha de Páscoa é observado de maneira clara ao estudar a disposição e o caráter de seus monumentos.

20.9.20 - Os descobrimentos do capitão Cook
O capitão inglês Cook, em seu "Diário" fala de "muitas pequenas pilhas de pedras dispostas em diferentes lugares ao longo da costa. Duas ou três pedras da ponta de cada pilha eram geralmente brancas".
O que o capitão Cook descobriu eram autênticas construções iniciáticas, dedicadas ao culto do sol e se sabe que o branco era a cor inicial por excelência.
Quanto aos símbolos propriamente ditos, o reproduzido com maior freqüência na ilha de Páscoa e que parece ter sido o de mais influência sobre os indígenas é o do Homem-Pássaro, e portanto o ovo.
As pirâmides, menires e os obeliscos são monumentos que representavam os raios do sol petrificados. O significado atribuído aos menires, unanimemente aceito, é um significado solar e fálico. Esta religião solar é o culto mais antigo que se conhece, pois a construção de menires constitui o primeiro exemplo conhecido da arte universal e já citamos que se encontram repartidos por todo o planeta, desde a Bretanha até a Terra do Fogo, passando pela Africa, China, India e Mongólia. Assim pois, podemos considerar o culto solar como a religião do Deus Único. René A. Foatelli decompõe a palavra ahú em "A Hu", sendo Hu o grande deus celta e A uma vogal solar.
Também Marcel Homet acrescenta: "As estátuas da ilha de Páscoa são menires, associados a Crom, deus solar, e os altares de pedra vulcânica são chamados Tepl. Então pode ser deduzido que na Polinésia a identidade entre os deuses Crom e Rá é completa".
Esta seria a religião da raça original, da que procederiam os caucasianos. Ninguém pronunciava seu nome, mas o do símbolo de todos os seus atributos: o Solou Rá.

20.9.21 - As tradições do "Império do Sol"
Os habitantes da ilha de Páscoa afirmam que em tempos remotos sua terra era muito maior, e já dissemos que de maneira mais geral em todas as ilhas do Pacífico se recorda uma "grande terra" que submergiu no mar. O professor Louis-Claude Vicent diz: "Existe um evidente parentesco entre todas as populações das ilhas do Pacífico, apesar do mútuo isolamento. Estas populações descendem da mesma raça e falam as mesmas línguas. Isto seria explicado se fosse verdade que estas ilhas são somente as partes elevadas de um mesmo grande continente submerso e teriam servido de refúgio a uma reduzida parte da população".

Um vestígio do continente MU? E Serge Hutin acrescenta: "A ilha de Páscoa e Califórnia seriam os mais importantes vestígios geológicos do continente austral desconhecido: MU, o Império do Sol.
Já mencionamos anteriormente as teses sobre a possível existência do continente MU e a seu primeiro e mais importante pesquisador o coronel Churchward.

Os dados aparecidos em suas obras não deixam de ser precisos. "Sabemos que estava povoada por sessenta e quatro milhões de habitantes e se estendia "desde o norte do Hawai até o sul. Uma linha traçada entre a ilha de Páscoa e as Fidji formava seu limite meridional". Sua extensão era de 8.000 quilômetros de leste a oeste e de 5.000 de norte a sul. "A raça dominante em MU era branca, as pessoas eram belas, de pele clara ou dourada', de grandes olhos doces de cor escuro e cabelos pretos delgados e corredios". Eram os adoradores do sol, a raça mais antiga, cujos vestígios ainda não foram decifrados.

20.9.22 - Aparece novamente o Dilúvio
Sobre o "quando" do afundamento, os arqueólogos e os oceanógrafos, fundando-se no estudo dos sedimentos e fósseis, deram uma data aproximada entre o VII e VIII milênio antes de Cristo, data que coincide com o primeiro que sabemos da pré-história da Oceânia. No que diz respeito ao "como" foi produzido o desaparecimento do continente MU são apontadas duas hipóteses.
A primeira é que a causa do desaparecimento do continente foi produzida pelo Dilúvio. Sobre este tema falamos mais amplamente em números anteriores, mas aqui queremos acrescentar que a possível realidade de Dilúvio está sendo testemunhada por um grande número de descobertas arqueológicas e geológicas, e também pela universalidade das tradições que a relatam.
Em seu livro "Os grandes enigmas do universo", Richard Henning escreve:
"A Asia oferece quase treze relatos diferentes sobre o Dilúvio, a África cinco, Austrália e Oceânia nove, dezesseis na América do Norte, sete na América Central e quatorze na América do Sul".

20.9.23 - A queda da Estrela de Baal
O professor Andrée Capard, oceanógrafo e diretor do Instituto Real de Ciências Naturais da Bélgica, estima que o "Dilúvio verdadeiro foi um fenômeno em escala de planeta e podemos afirmar que teve lugar no ano 6.500 antes de Cristo". Como podemos observar esta data coincide plenamente com a que já apontamos acerca do desaparecimento de MU.
Quanto à segunda tese, a resposta é fantástica. A primeira vez que se falou da Estrela de Baal foi em 20 de novembro de 1912 em um periódico americano, no qual o Dr. Paul Schliemann contava a história da herança recebida de seu avô, o descobridor de Tróia.
Entre os documentos legados existia um manuscrito caldeu encontrado em um templo budista de Lhasa no Tibete. O manuscrito falava pela primeira vez da Estrela de Baal. "Quando a Estrela de Baal caiu no lugar no qual agora somente existe água e céu, as sete cidades tremeram e tremeram suas torres de ouro e seus templos transparentes. Então uma torrente de fogo e de fumaça se elevou desde os palácios. Os soluços dos moribundos e os gritos da multidão enchiam o ar. Os homens, carregados de riquezas, e as mulheres, cobertas com seus melhores vestidos, gemiam: "Mu, salva-nos". E Mu respondia: "Morrereis todos com vossos escravos, vossa corrupção e vossos tesouros. De vossas cinzas nascerão novos povos ... Mas se estes povos esquecerem que devem dominar as coisas materiais não somente para engrandecer-se, mas também para não ser possuídos por elas, lhes espera a mesma sorte ... "

20.9.24 - Poderia ter sido um grande meteorito de Vênus

Tradicionalmente esta estrela foi identificada com o planeta Vênus. Ainda que é evidente que este planeta não caiu sobre o Pacífico, muitos pesquisadores pensam que pode ter sido um grande meteorito que ao separar-se e cair teria causado o Dilúvio.
Este acontecimento, segundo os especialistas, foi produzido ao redor do VIII milênio antes de Cristo, coincidindo novamente com o que sabemos do Dilúvio.
Após ter visitado as ilhas Marquesas, no ano 1956, Francis Maziere escreve: "As últimas pesquisas americanas deixam entrever a importância do continente de MU. O desaparecimento deste continente seria devido ao choque de um enorme fragmento desprendido de um planeta, que teria produzido a inversão dos pólos ... "

20.9.25 - Uma translação do equador
Segundo o professor Vicent, que estudou todas as tradições referentes a uma "estrela", "o equador passava antes pelo pólo norte atual e subitamente foi passar pelo equador terrestre atual". Este fato ficou confirmado pelas análises efetuadas na argila dos "antigos" vasos etruscos: foi constatado por esses vasos que haviam sido "cozidos" quando "estavam mais próximo do pólo magnético sul". Esta opinião também foi confirmada por aparentes equívocos em certos calendários dos índios americanos. Se os pólos não ocupam o mesmo lugar que antes do Dilúvio, o movimento do Sol aparece invertido para um observador moderno que consulte um destes calendários.
Também podemos observar que se é verdade que algumas tábuas "rongo-rongo" falam das estrelas, alguns destes contos podem referir-se à Estrela de Baal.
Mas para decifrar este e outros enigmas vamos conhecer como chegaram os náufragos do continente MU à ilha de Páscoa e outras ilhas polinésias.

20.9.26 - O longo caminho dos iniciados
Podemos pensar que estes sábios iniciados de MU souberam com tempo a catástrofre que se aproximava, ao observar a Estrela de Baal, em direção à órbita de Vênus. Então puderam reagrupar-se e abandonar sua terra para dirigirse a uma primeira escala de sua viagem: Austrália. Esta tese vem avaliada, muito firmemente, porque recentes escavações, datadas com radiocarbono, nos falam de atividade humana organizada nesta terra, entre os anos 8500 e 9000 antes de Cristo.
Outros sobreviventes chegaram às costas do continente asiático e outros mais à América. Assim são explicadas as afmidades culturais que temos vindo mencionando e as semelhanças entre a ilha de Páscoa e América do Sul.
Aproximadamente 4000 anos depois, sob a pressão dos povos indígenas, primitivos e guerreiros, os descendentes de MU se dirigiram para vale do indo e fundaram Mohenjo-Daro e Harappa.

20.9.27 - Existe influências musicais chinesas
Passaram 2.500 anos, durante os quais os iniciados de MU empreenderam contatos e relações culturais com outros sábios e artistas de outras civilizações e em especial com o poderoso império da China. Isto está confirmado pela presença de influências chinesas na ilha de Páscoa. Por exemplo, a música da ilha de Páscoa não se parece em nada ao resto das músicas polinésias, mas nos recorda música tipicamente chinesa e indiana arcáicas.

Por outra parte está o costume de alongar as orelhas, que é atribuído aos iniciados de MU e que parece foi assimilada na China, dando lugar às lendas que descreviam as orelhas grandes como sinais de inteligência e longevidade. Em Mohenjo-Daro e Harappa foi organizada a vida desses brancos descendentes da primeira raça. Para não esquecer a catástrofe que haviam sofrido, os sacerdotes de MU trataram de conservá-los de forma escrita em cadernos. Estes manuscritos continham todos seus conhecimentos, tanto espirituais como científicos e também conservaram neles todos os ritos e lendas que conheciam.
Perto de 1800 e 1500 antes de Cristo, a cidade de Harappa foi brutalmente atacada por invasores que procediam do oeste. Também os habitantes de Mohenjo-Daro tiveram que desaparecer, tratando de evitar um enfrentamento que teria comprometido a missão confiada por seus antepassados. Os descendentes da primeira raça escolheram o oceano para continuar sua viagem e assim começaram as migrações polinésias, uns 2.000 anos antes de Cristo. A população de Mohenjo- Daro já apresentava amostras de mestiçagem e assim continuou ocorrendo na Melanésia e Micronésia.
Entre estes marinheiros que empreenderam a ocupação das ilhas da Polinésia estavam os guardiães da tradição.

20.9.28 - Os guardiães da tradição?
Parece ser que constituiam um grupo à parte, que iam acompanhados de alguns poucos profanos que faziam as vezes de tripulação e servidores. Os iniciados estiveram nas Marquesas e desde ali alguns prosseguiram viagem a Pitcairn, mais próxima à ilha de Páscoa, permanecendo ali até o ano 500. Isto é testemunhado pela existência de um grande templo solar e grande quantidade de petroglifos com figuras humanas, pássaros e outros animais e figuras geométricas, tais como círculos e estrelas, em uma minúscula ilha de 4,5 a 3 km. Talvez a ilha de Pitcairn ficou pequena para eles, o certo é que os sábios reuniram seus arquivos

e se dirigiram em busca de um santuário, no fim do mundo, que ocultasse melhor os segredos de uma raça desaparecida. Assim poderíamos explicar porque a ilha de Páscoa, à qual chegaram finalmente depois das etapas nas' Marquesas e Pitcairn, é a única ilha da Polinésia que possui escrita e supostos arquivos. Quando estiveram estabelecidos na ilha de Páscoa, os descendentes de MU começaram a construir monumentos, ahús e moais para celebrar os ritos religiosos de seus antepassados e preservar sua recordação. Infelizmente, próximo do ano 1000 alguns homens desembarcaram na ilha. Vinham do oeste e eram também polinésios. Animados de um espírito .de conquista, traziam à cabeça um rei chamado Hotu-Matua. Não se sabe exatamente de onde vinham, mas se pode supor que procediam das Marquesas ou de Mangareva e não do leste, ou seja da América do Sul, como supôs Thor Heyerdahl.

20.9.29 - O fim dos antepassados poderosos
Os iniciados trataram de conviver com os invasores, impondo-lhes a construção dos moais sagrados da época clássica. "As orelhas eram de um comprimento desmedido", notavam, sem exceção, os primeiros visitantes que recebeu a ilha na época de seu descobrimento. E com razão pois, já dissemos, supunha-se que estas estátuas representavam aos amos da ilha, sábios possuidores da tradição e do poder do mana.
Recordemos novamente que os pascoenses afirmam que essas estátuas são retratos de antepassados poderosos, que em vida haviam possuído o poder do mana e podemos pensar que cada moai representava a cada um dos sábios.

Fonte: Grandes Enígmas nº 10 - Páscoa um ensaio do Fim do Mundo - Editora Século Futuro
http://www.espiritualismo.info/pascoa.html

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Atualizado em 28/04/2017
Um dos destinos mais misteriosos do mundo, a Isla de Pascua (“Rapa Nui” para os nativos) é uma ilha polinésica localizada na porção sul do Oceano Pacífico,  a cerca de 3 700 km de distância da costa oeste do Chile.
Antes de tudo, cabe esclarecer o termo geográfico “Polinésia”, que abrange um conjunto de ilhas de 298.000 km2 localizadas entre os trópicos. Hawai e Samoa (atualmente sob domínio dos EUA), Tokelau (Nova Zelândia), Marquesas, Tuamotu, Tubuai e Taiti (francesas, daí o termo “polinésia francesa”) são as mais conhecidas, sendo a Ilha de Páscoa (Chile) a porção de terra mais ao leste.
Suas particularidades politicas, culturais e geológicas a tornam única em vários sentidos. Talvez sua característica mais marcante seja o formato triangular, que surgiu a partir de três vulcões atualmente adormecidos que emergiram do mar em épocas bastante distintas.vulcao O mais antigo, ao sul, chama-se Poike e entrou em erupção há cerca de 3 milhões de anos. A “estrela” chama-se Rano Kau, tem 2 milhões de anos de idade e fica no canto oeste da ilha, consistindo uma de suas principais – e mais belas –  atrações vide post específico). Já o caçula, de apenas 200.000 anos bem vividos, chama-se  Terevakae  fica no lado norte da ilha, sendo atualmente (2013) o único fechado à visitação Todo o triângulo ocupa 170 km², com 510 metros de altitude, sem grandes aclives ou declives, o que torna a ilha facilmente explorável. E por falar nisso, por “facilmente explorável” entenda-se a ilha toda, já que o clima subtropical garante temperaturas agradáveis o ano todo, especialmente em janeiro e fevereiro, cuja média é de 28 °C. No inverno, a mínima julina raramente cai abaixo de 13 °C.
Dos seus quase quatro mil habitantes, cerca de três mil vivem no centro urbano: Hanga Roa. Lá ficam o aeroporto local (Mataveri) , quase todos os hotéis e pousadas, boa parte dos restaurantes e praticamente todos serviços, que incluem Correios, agências de turismo e mergulho, locadoras de veículos, farmácias e mercados. Ao redor, uma infinidade de atrações: estradas off road, a cênica e pacífica praia de Anakena, trilhas de variados níveis de dificuldade, diversas cavernas, centenas de sítios arqueológicos e o Parque Nacional Rapa Nui, onde ficam a aldeia cerimonial de Orongo, um simpático museu e  Rano Raraku – a famosa fábrica de moais.
moais
E por falar neles, vamos ao que interessa!
Investigar essas belas e fascinantes figuras é uma das atividades mais incríveis a que já me propus, ainda que o tenha feito com pouca diligência. Aprendi muito nas conversas com os nativos, no documentário que assisti no voo de ida pela Latam (procure por ele no sistema multimídia das poltronas ou no app de bordo) e nos inúmeros sites sobre o assunto disponíveis na internet . Se quiser saber um pouco mais sobre esses carinhas misteriosos, confira um material bacanudo com links para pesquisa amealhados na época em que preparava a viagem.
Tão interessante quanto os monumentos, é a história dos bravos navegadores do oeste do Pacífico que cruzaram mais de três mil quilômetros pacífico adentro, por volta do ano 1000, para estabelecer uma essa civilização tão intrigante. Os rapa nui construíram em seu auge mais de oitocentas dessas gigantescas estátuas de pedra vulcânica, algumas com mais de 10 metros de altura e pesando até 80 toneladas, cuja história é contada e reverenciada pelos nativos com muito orgulho. A técnica empregada em sua construção, além de suas funções religiosas/esotéricas, foram intensamente debatidos por muito tempo e até hoje geram acaloradas discussões, ainda que boa parte de sua mística já tenha sido debelada por estudiosos famosos como o cientista Carl Sagan, o engenheiro/arqueólogo Pavel Pavel e o biólogo Jared Diamond.
chilebenvenidosDescoberta no domingo de Páscoa de 1722 e posteriormente anexada pelo Chile, a Ilha de Páscoa é provavelmente um dos destinos mais interessantes do ponto de vista histórico e cultural daquele país, um dos mais famosos da América e um dos mais estudados de todo o mundo. Mas não é só: as paisagens são incríveis, a água tem cor e visibilidade fenomenais, o clima é ameno na maior parte do ano e o povo é tão amistoso que mesmo estando no ponto mais isolado do planeta você se sente em casa
COMO CHEGAR
A Ilha de Páscoa não é um destino popular no Brasil. Em 2017 ainda não há voos diretos para ilha, o que demanda uma parada estratégica em Santiago no Chile ou Lima no Peru. Como a viagem é longa e normalmente dispendiosa, muitos alongam o trajeto até a Polinésia Francesa, já que para este destino a conexão na Ilha é obrigatória. A partir de São Paulo o trajeto mais curto é pela capital chilena, voando Latam por cerca de quatro horas. De lá para a Ilha de Páscoa sai um voo diário que leva cerca de cinco horas e quarenta minutos para aterrizar, com horários de saída que normalmente variam entre 04h30, 09h15 e eventualmente às 19h15. No meu caso, dei sorte com uma promoção da companhia aérea em junho de 2013, que levou uma penca de brasileiros para lá pela pechincha de 400 dólares (que na época estava 2×1) sendo que normalmente ambos os trajetos, ida e volta, custam pelo menos o dobro.
Se você nunca voou sobre a cordilheira dos Andes, minha maior dica aqui é: sente-se na janela do lado direito no voo de ida e do lado esquerdo na volta. O visual é incrível, principalmente se você nunca viu montanhas nevadas. Outra recomendação para a primeira perna da trip é levar uma caneta junto à sua bagagem de mão para preencher formulário de imigração ainda no voo, quando este for distribuído pela tripulação. Se você deixar para preencher no desembarque, não haverá canetas nos balcões e você perderá um bom tempo tentando encontrar uma. Não se esqueça também de que não é permitido entrar com qualquer alimento não industrializado no Chile. Caso você desrespeite essa regra,  estará sujeito a uma bela multa de recordação.
Já no trecho SAN-PAS, a dica é sentar-se novamente do lado direito do avião. De lá, a vista do Ranu Kau é magnífica e quando o avião faz a volta pode-se fotografar a ilha toda. E finalmente, ao deixar o avião, não deixe de comprar o ingresso para visitar o Parque Nacional Rapa Nui no balcão do aeroporto, ANTES de passar pelo desembarque. Sem o ingresso, você não conseguirá entrar no parque e os pontos de venda na ilha nem sempre estão funcionando. Custava US$ 50,00 em 2013, um tanto salgado para os padrões brasileiros, mas acredite: vale cada centavo.
DESLOCAMENTO
A ilha é relativamente pequena, o que permite ao mochileiro conhecer boa parte de suas atrações à pé, de moto ou bicicleta. Para quem curte a bike, a maioria das trilhas são estradas de chão e há bastante vento, motivo pelo qual recomendo levar na mochila um bom abrigo impermeável, protetor solar de fator alto, bastante água e um bom mapa, facilmente conseguido nas pousadas e lojas de Hanga Roa. À pé, qualquer um percorre tranquilamente todo o centro, caminha até o Ranu Kau e pode conhecer os moais do Tahai. Para as demais atrações, a caminhada exige bem mais fôlego, como se pode ver no mapa a seguir:
mapa rapa nui
As duas principais estradas que cortam a ilha estão em boas condições de circulação, o que facilita também o deslocamento por veículos motorizados. Táxis cobram cerca de 15mil pesos de Hanga Roa para a praia de Anakena, por exemplo, o que dá no total 18km de distância. Como eu tinha bastante tempo – fiquei uma semana na ilha- tirei um dia para curtir o sol na praia, usando táxi na ida e voltando à pé, começando a caminhada logo depois do almoço. Levei cerca de 7 horas, caminhando com bastante calma, tirando muitas fotos e parando para um lanche rápido no caminho.
A estrada central é plana e ideal para quem curte uma vibe mais contemplativa, possibilitando ao mochileiro solitário meditar e sentir toda a energia diferente daquele lugar. Entretanto, aqui valem os mesmos cuidados para quem vai de bike, com uma recomendação extra por conta de distância: não há pontos de água no caminho, portanto, vá preparado. E nunca é demais lembrar: o índice UV da ilha é altíssimo e pode chover a qualquer hora, tornando filtro solar e capa de chuva dois itens “interessantes”. Caso contrário, você vai topar com coisas bizarras como o monumento da foto abaixo e achar que está delirando por conta da insolação…
sinistro
Boa alternativa para os menos dispostos é alugar um carro, provavelmente o único serviço local relativamente barato. Eu aluguei um ótimo Suzuki Jimmy 4×4,  ano 2010, limpo e em ótimas condições de uso, por 35.000 pesos chilenos por dia, o que pode ser considerado uma verdadeira pechincha! Há diversas locadoras na ilha, mas optei por pegar um carro com a proprietária da pousada onde fiquei (Sra. Johanna Hey Araki, veja mais dados abaixo) que tinha carros mais novos e horários mais flexíveis. Observação importante: obviamente, não há seguro nem serviço de resgate na ilha, portanto, todo cuidado é pouco nas estradas vicinais, sobretudo naquelas sinalizadas como exclusivas para veículos 4×4. Se você não tem experiência de direção em estradas pedregosas ou enlameadas, evite “exceder-se”, digamos assim.
jimmy
Há relatos na internet recomendando o aluguel nas locadoras Oceanic e Insular, teoricamente por cerca de 30.000 pesos. Seguindo as recomendações fiz uma visita às lojas e desisti: a maioria dos carros são Jimny antigos ou utilitários de marcas asiáticas desconhecidas, pouco confiáveis. Descobri também que o preço de 30.000 pesos só é oferecido para aluguel de mais de três dias consecutivos e as regras são bastante burocráticas quanto a quem pode dirigir, horários e penalidades. Achei uma opção conservadora demais e me dei bem com os carros da Johanna. Questão de perfil.
ONDE COMER e BEBER
Aqui começam os “poréns”. Com já dito, a ilha é o ponto mais isolado do mundo e isso tem um preço, refletido principalmente na gastronomia. A oferta de pescados em Páscoa é vasta e seus preços não menos impressionantes. Um bom filé de atum grelhado e um ceviche bem feitos são fáceis de encontrar, mas podem custar até 20.000 pesos (por volta de 100 reais, no câmbio oficial). Geralmente são oferecidos junto a excelentes vinhos brancos chilenos ou uma generosa dose de Pisco Sauer, os quais também não custarão menos de 3.000 pesos.
Ao mochileiro que bravamente chegou até aqui sem gastar muito, não há muita alternativa senão utilizar o cartão de crédito (pagando IOF de 6% – atenção) ou viver de empanadas. Na rua central de Hanga Roa experimentei diversas, sempre ótimas, com preços que variavam de 2.000 a 4.000 pesos. Bem servidas e deliciosas, são uma ótima opção para quem não pode gastar muito, mas não abre mão de comer uma iguaria local. Há ainda a opção de fazer compras nos mercadinhos locais para cozinhar na pousada ou ainda, para os mais preparados, fazer as compras em Santiago e trazer consigo na mala, sempre respeitando a regra de não viajar com alimentos in natura.
empanada
Dos que visitei, recomendo vivamente o risoto ao funghi e o pisco sauer do La Kaleta, que além de ter um atendimento nota dez, possui provavelmente a melhor vista panorâmica do pacífico em Rapa Nui. Um pouco mais em conta, porém igualmente delicioso é o ceviche do Kanahau, mas peça para vir sem o ovo por cima, tradição da casa que foge ao prato típico. Outra bela opção para comer pescados é o Makona, que tem um atendimento confuso mas esforçado e é provavelmente o melhor-custo benefício da ilha. Os caras têm uns molhos deliciosos e muito criativos para acompanhar o peixe que por si só já valem a visita. E quanto às empanadas, a melhor que provei foi servida no Club Sandwich, que além de usar ingredientes frescos e requintados também tem um excelente café da manhã, com sucos ótimos e boa oferta de lanches. Uma opção mais barata é a hamburgueria que fica numa viela na mesma rua principal, um pouco mais à frente, em direção ao museu. Ali você encontrar hot dogs com molho guaca-mole, hamburguesas  tradicionais e empanadas à preços menores que nos restaurantes grandes, porém num ambiente bastante simples e serviço mediano.  Outro local com empanadas por um bom preço é o Tia Berta, que as faz fritas em vez de assadas.
risotopisco
A vida noturna não é das mais agitadas, mas há alguns barzinhos mais animados aos fins de semana, uma danceteria frequentada basicamente pelos locais e boa oferta de restaurantes, alguns com apresentações de danças típicas e rituais, como o umu pae, que além da música e dança, conta com uma iguaria composta de carnes diversas e legumes cozidos dentro da terra, sobre pedras vulcânicas quentes e cobertas com folhas de bananeira, mais ou menos como no curanto boliviano. É um luxo bastante caro, mas oferece uma experiência única de imersão numa cultura que só existe naquele lugar.
ONDE FICAR
O grande barato de viajar mochilando é mergulhar na cultura local. E para a experiência ser completa, nada melhor do que ficar na casa de um nativo. O Residencial Vaianny foi minha casa durante uma semana na ilha e tudo por lá foi perfeito. vaiannyO preço está na média da ilha (55.000 pesos chilenos pela diária, com desayuno continental – café da manhã padrão com leite, sucos, pães, manteiga e biscoitos ou dez mil pesos a menos, caso opte por tomar café fora ou comprar sua comida nalgum mercado local) as habitaciones são muito limpas, silenciosas e simpáticas, apesar de sua simplicidade, com ótima ducha e wi-fi razoável. Há ainda cozinha equipada à disposição – que usei algumas vezes durante a estadia – e um bonito jardim de inverno para papear com os locais. Aqui o atendimento é certamente um diferencial: a proprietária Johanna é muito simpática, solícita e eficiente. O traslado ida-e-volta do aeroporto faz parte do pacote, bem como uma simpática recepção já no saguão – com colar hawaiano incluído. Recomendo vivamente.
Caso você prefira mais agito, o hostel Kona Tau é também uma ótima opção. Filiado a Hostelling International, também inclui traslado, wi-fi, estacionamento 24 horas,  um café da manhã de respeito, lavanderia à parte, ampla área comum para confraternização e serviço de agendamento de guias. Apesar de a Johanna do Vaianny também ajudar na contratação de guias, no Kona Tau consegui uma galera para rachar as despesas para os passeios e aluguel do carro. Lá conheci o guia Marco Antonio (aka Kako), marido da brasileira Michele Souza, residente da ilha. É o único guia local que fala português, conhece o Brasil e sabe do que o mochileiro daqui precisa e mais gosta. Recomendo que o contrate pelo menos por um dia, para aprender sobre a cultura, a história e os costumes do local. Rodar por Rapa Nui com ele é uma experiência totalmente diferente, agregando muito valor às caminhadas e com boas dicas de onde fotografar, por onde caminhar com mais segurança e quais os melhores locais e horários para fotografar.
A opção mais econômica, no entanto, é o Camping Mini Noa, que conforme notícias recentes, já pode ser reservado no booking.com neste link. Conheci um pessoal que ficou por lá e adorou. Os caras alugam barraca, colchonete e saco de dormir de qualidade, que pelo que me disseram aguentaram bem as chuvas que caíram em alguns poucos dias à noite. No camping há tomadas coletivas na recepção, cobradas à parte junto com o wi-fi por 5.000 pesos por toda a estadia.
COMPRAS
O mercado de artesanias vende esculturas de arte rapa nui entalhadas em madeira, esculpidas em pedra vulcânica, colares feitos de conchas e corais, reproduções de moais e vários trabalhos em tecido, riquíssimos em cores e bom gosto. Realmente vale a pena visitar, sobretudo pela variedade. Entretanto, os preços são mais salgados do que na lojinha do aeroporto. rifaPrefira pagar em dinheiro, pedindo descontos. Há um ATM (caixa-eletrônico) do Santander em Hanga Roa, que permite aos cartões brasileiros com o logo “PLUS” na parte de trás sacarem em pesos chilenos. Lembre-se de liberar o cartão de débito junto com o cartão de crédito antes de sair do Brasil, caso contrário, mesmo que opte pela função “débito” no ATM, terá uma bela surpresa quando a fatura chegar. Há, ainda, pontos de venda de artesanato junto às atrações turísticas mais populares, além de um pequeno mercado junto a entrada de Ranu Raraku, com preços absolutamente proibitivos. Fique esperto, também, com as miniaturas de moais: os mais interessantes são aqueles entalhados com pedras vulcânicas, que são mais parecidos com os originais e podem ser reconhecidos pelo peso (bem mais leves que as réplicas industrializadas feitas com outras rochas). São mais frágeis, entretanto, portante cuide para embalá-los bem antes da viagem. Afie o portuñol: hecho a mano“, “vulcánica!“.
QUANDO IR
A Ilha de Páscoa raramente apresenta temperaturas que fogem dos 14 aos 28 °C, com a variação natural das estações do ano parecida com o que ocorre no Brasil. Abril e maio, entretanto, são os meses mais chuvosos, mas a chuva é frequente o ano todo, porém quase sempre de curta duração.
chuva na ilha de pascoa
Se gosta de agito, viaje no verão, entre janeiro e março, ocasião em que deve-se reservar a estadia com antecedência por conta do festival Tapati Rapa Nui, cuja data deve ser checada com antecedência. O inverno é a época mais tranquila, especialmente quando atinge as temperaturas mais baixas, o que ocorre precisamente no mês de julho.
DICAS GERAIS
A água da ilha, em geral, é potável, captada das chuvas, porém sem tratamento. Àqueles com a saúde mais sensível, recomenda-se evitar ingeri-la em grandes quantidades, sobretudo pela alta salinização. Esse alerta é bastante frequente nos guias de viagem, porém eu não tive qualquer problema, tampouco notei alguma alteração de sabor. Vale a dica: a água é o item de mercado mais caro em Rapa Nui. Considere consumir cerveja ou vinho, incrivelmente mais baratos. E por falar nisso, nunca é demais lembrar: em todo o Chile é proibido consumir bebidas alcoólicas em locais públicos e isso inclui ruas, parques, praças, praias e monumentos históricos.
O idioma oficial é o espanhol, mas boa parte dos nativos fala o idioma original e isso é um grande barato. Com uma semana apenas na ilha eu já aprendi dezenas de palavras na sonora língua rapa nui e aconselho a todos que façam o mesmo. Os nativos adoram vê-lo arranhando seu idioma maluco e não raro ajudam na pronúncia e significado.
Dólares são aceitos, mas numa cotação menos interessante que os pesos chilenos. Reais não são aceitos no comércio, que também nem sempre trabalha com cartões de crédito. O ATM também nem sempre funciona, então recomenda-se que tire dinheiro em espécie nos caixas de Santiago ou traga dólares do Brasil e troque-os em Santiago, evitando pagar os famigerados 6% de IOF cobrados pelas transações bancárias de brasileiros no exterior.
Para telefonar a cobrar para o Brasil basta ligar para 800-360-220 (Entel) ou 800-800-272 (Telefônica) e solicitar seja completada a ligação. Ligações comuns de telefones fixos utilizam o formato 00 + 55 + código da cidade no Brasil (sem o zero) + número do telefone. Se ligar de celular (sim, em Hanga Roa e proximidades há sinal de celular, não tão bom e frequentemente fora do ar, mas existe) use o código 00 + 55 + código da cidade no Brasil (sem o zero) + número do telefone.
No mais, para entrar no Chile –  e consequentemente na Ilha – não é necessário visto ou vacina obrigatória, bastando portar seu passaporte ou RG atualizado e em bom estado de conservação.  Ao ingressar no país, você preenche um formulário em duas vias (tarjeta de turismo) identificando-se como turista e informando os dados de sua viagem. Uma via é da PDI (Policía de Investigaciones) e a outra fica com você, para ser devolvida à PDI quando você deixar o país.
moais
Apesar de todas as atividades que a ilha proporciona a seus visitantes, o que os milhares de mochileiros vindos dos quatro cantos do mundo querem mesmo ver em Rapa Nui são os moais.  Desde 1722, quando o holandês Jacob Roggeveen ali aportou, essas enigmáticas figuras já fizeram seus primeiros fãs, que indagam até hoje quem, como e para quê foram feitos os monumentos.
Meses antes de viajar a ilha, tive contato com o incrível livro “Colapso”, do ganhador do prêmio Pullitzer Jared Diamond. A história da sociedade organizada e próspera que entrou em colapso em conseqüência da degradação ambiental me deixou maluco para conhecer Rapa Nui e foi minha principal motivação para a viagem. Segundo a teoria de Diamond, um pequeno grupo de colonizadores da Polinésia ali chegou no século X. Trezentos anos depois, o acentuado aumento democráfico e a obsessão pela construção das estátuas de pedra teriam levado à derrubada de toda a mata nativa, resultando em guerras entre as tribos, fome (e canibalismo), súbito declínio populacional e por fim… colapso. Segundo Jared, Páscoa é “o exemplo mais claro de uma sociedade que se autodestruiu ao explorar demais os próprios recursos”.
Suas pesquisas concluíram que em seu auge, a população da ilha chegou a quinze mil indivíduos. Derrubadas todas as árvores, a fauna se foi tempos depois e seguiram-se “fome, declínio da população e canibalismo”. Quando os europeus chegaram, já no século XVIII, encontraram um grupo de menos de quinhentos indivíduos, em condições bastante precarizadas e quase todos os moais tombados ao chão. Suas grandes proporções e o formato inusitado já chamaram a atenção desses exploradores, mas o primeiro a estudá-los seriamente foi o norueguês Thor Heyerdahl, que ali chegou apenas em 1950.
Escritos de sua tripulação já conjecturavam acerca do processo de construção e transporte das estátuas . Ninguém sabe ao certo como eles conseguiam mover enormes blocos de pedra na época ou qual seria a função desses gigantes, mas os nativos têm suas teorias. E os pesquisadores mais recentes também: cientistas acreditam, majoritariamente, que as estátuas eram presas a troncos e cordas e levadas por vários homens, até chegar ao local escolhido, conforme veremos a seguir. O fato é que a derrubada indiscriminada de madeira para viabilizar o sistema seria um dos principais fatores que levaram ao colapso daquela sociedade, como pensa, Jared Diamond, por exemplo. Terry Hunt, no entanto, discorda da teoria, como se pode ler no seu interessantíssimo artigo da Scientific American. Perca um tempo nele, vale a pena.
moai
Talhadas em rocha vulcânica composta de cinzas consolidadas, provavelmente entre os séculos 13 e 16, as estátuas têm de cinco a sete metros de altura, hoje em sua maioria deitadas. Supõe-se que quando os primeiros europeus passaram pela ilha, no século 18, os moais já estavam no chão, resultado de uma guerra entre os ilhéus quando os recursos começaram a rarear e a fome apertou. Foram catalogados entre 900 e 1.050 moais, dos quais cerca de 40 estão de pé depois de restaurados e cerca de 800 estão atualmente visíveis. Algumas estátuas foram reerguidas em seus ahus –  plataformas cerimoniais e funerárias que cercaram quase toda a orla da ilha, ao longo da segunda metade do século 20 e dispostas em seus locais e posições originais: geralmente próximos ao litoral, de costas para o mar. A explicação, contou-se um guia da ilha, é que voltados para a tribo eles irradiariam as energias dos ancestrais enterrados sob os ahus, protegendo e abençoando os respectivos povoados. É o que conta, pelo menos, a tradição oral, embora não haja prova cabal de que os nativos da época acreditavam mesmo nessa teoria.
Apesar de outros povos polinésios também terem esculpido figuras de pedra, moais são únicos por terem sido escavados por artesãos diretamente dos paredões de rocha de Rano Raraku e de lá foram levados até os ahus, em locais próximos ao litoral. Ao visitar a ilha, você perceberá que há centenas de estátuas inacabadas, como o famoso “el gigante”, o maior de todos, que se finalizado teria 21 m de altura. Sua construção, com a de quase todos os seus convivas inacabados, foi interrompida dado o início das guerras causadas pela escassez de recursos. Mas há também moais que se mantiveram de pé, sobrevivendo ao gigantesco tsunami de 1960, outros foram içados pelos japoneses, alguns foram parcialmente restaurados e muitos foram enterrados no solo pelos mais diversos motivos e até hoje permanecem incógnitos.
Tsunamis, alias, continuam sendo uma preocupação constante na ilha mais isolada do mundo. Ao visitá-la, provavelmente você ficará sabendo de algum exercício de evacuação, amplamente divulgado em cartazes e periódicos à disposição nos estabelecimentos locais..
Outra curiosidade local é o conjunto de “pukaos”, que nada mais são que chapéus avermelhados, também feitos de pedra, que adornam as cabeças de alguns moais. No museu de Hanga Hoa aprende-se que eles eram forjados a partir rocha piroclástica, avermelhada e bastante áspera, que era retirada de outro lugar muito interessante de se visitar: Puna Pau, uma pequena cratera no interior da ilha, que também era usada na elaboração de petróglifos.
pukao

Fonte:http://omochileiro.blog.br/index.php/2014/01/14/guia-da-ilha-de-pascoa-para-mochileiros/
Dicas da Ilha de Páscoa: saiba tudo sobre esse destino único!
Como você viu em primeira mão aqui no Melhores Destinos, a TAM e a LAN estão com promoções arrasadoras para diversos destinos da América do Sul. Entre eles, é possível encontrar passagens para a lendária Ilha de Páscoa com preços a partir de R$ 588. Como muitos leitores estão aproveitando a promoção e querem mais informações sobre o destino, trazemos hoje um post especial que nossa leitora Thaísa Magalhães, autora do blog Janela ou Corredor, fez com dicas sobre lá após aproveitar uma promo aqui no MD. Certamente vai servir de ajuda para quem está se planejando ou mesmo de incentivo para os que estão indecisos sobre o destino. Acompanhe:
Chegar à Ilha de Páscoa é fácil, mas é demorado. Enquanto o grupo LATAM não define se haverá ou não voos diretos de Guarulhos, resta ao povo Rapanui espalhar este boato pela ilha, e a nós, brasileiros, escolhermos entre Lima ou Santiago para chegarmos lá.
Fui por Lima. Fui de LAN. Comprei a passagem na super promoção da TAM, publicada no site do Melhores Destinos. Paguei uma pechincha se comparado aos preços normais para lá.
Tive muita dificuldade de achar dicas atualizadas na internet e por isso deixo aqui informações que serão úteis para quem planeja conhecer este remoto paraíso na Terra.
Chegando ao aeroporto
Aeroporto Mataveri (IPC): um galpão com uma esteira de 20 metros, um caixa do Santander, três agentes de imigração e uma pista de pouso gigante, do tamanho da ilha de Leste a Oeste. Não tem sala VIP nem duty free, mas tem um café que aceita cartão de crédito e algumas lojinhas de souvenir. Os voos chegam e saem para Santiago, Lima e Papeete. Há rumores de que em 2014 haverá voos diretos de Guarulhos para a Ilha de Páscoa, pela LAN.
A companhia chilena é a única que opera na Ilha de Páscoa e seu escritório fica na rua principal. Recomendo que verifique o status do voo de retorno na véspera, no próprio escritório ou pelo site. Como a Ilha de Páscoa é a mais próxima de muitas ilhas do Pacífico, qualquer abalo sísmico por lá gera uma rota de emergência que atrasa a todos os voos, porque só permitem que saia um voo da ilha quando há certeza que haverá um voo escape para o continente.
O episódio do tremor nas Ilhas Salomão, em especial, gerou um atraso de 7 horas no meu voo e atrasos de até 30 horas para os voos de Santiago. O aeroporto está localizado a 2 km do centro da cidade, e próximo a todas as pousadas e hotéis da ilha e tem wi-fi grátis e sem senha!
Hospedagem
É muito provável que o transfer ao hotel já esteja incluso no valor da diária, assim como café da manhã. Os preços variam de 25 mil pesos nas pousadas mais simples (sempre identificadas como Chez, Residencial ou Cabaña), a 300 mil pesos nos mais luxuosos hotéis.
Transporte
Táxis dentro de Hanga Roa custam 2 mil pesos chilenos e devem ser pagos somente em dinheiro. Muitos circulam pela ruas e todos os lugares têm o contato do rádio táxi para chamá-los a qualquer momento.
Conhecendo a cidade
A Ilha de Páscoa é uma ilha de 160 km² localizada a muitas milhas daqui. É o lugar mais remoto do mundo, e um pontinho de terra no meio do Oceano Pacífico. A ilha é formada por três vulcões inativos (Rano Raraku, Rano Kau e Po Ike), mais de 900 moais em diversas fases de construção, duas únicas praias de areia (Anakena e Ovahe) e restaurantes muito bons.
Para conhecer a região recomendo o passeio de um dia inteiro na empresa Kia Koe, que disponibiliza guia rapanui fluente em espanhol, inglês e francês. O passeio custa 20 mil pesos incluindo transporte, mais 12 mil pesos caso queira almoçar com o pessoal, além das visitas a Rano Raraku, Ahu Te Pito Kura (o umbigo do mundo), Ahu Tongariki, e outros Ahus importantes.
O almoço é opcional, e logo após visita-se a praia de Anakena, que tem duas barracas que também oferecem almoço. Recomendo segurar a fome para comer na praia.
A mesma empresa oferece passeios de meio dia que completam a visita à ilha. Acho válido, mas prefiro conhecer à minha maneira. No caso, alugando um carro. Basicamente só há duas estradas na ilha, então você nunca vai se perder. E com raríssimas exceções de alguns trechos elas são bem pavimentadas e sinalizadas, e você pode parar a hora que quiser, aonde quiser.
Aluguei na Oceanic Rent a Car um Jimny da Suzuki por dois dias (70 mil pesos para dois dias e aceita todos os cartões). O carro é entregue com 1/4 de tanque e deve ser devolvido desta maneira, logo, em dois dias com o carro andando por toda a ilha gasta-se 17 mil pesos de combustível. Só há um posto de gasolina na cidade, e que não aceita cartão.
Mas se você não quiser alugar um carro, há outras maneiras de chegar a alguns dos lugares distantes, como Anakena, que está localizada a 18 km de Hanga Roa. Taxis custam 15 mil pesos ida e volta e ônibus, 5 mil pesos, também pagos somente em dinheiro.
Passeios imperdíveis (além dos básicos)
Museu Antropológico Padre Sebastián Englert: reúne peças arqueológicas e elementos de diversas fases da existência da ilha, incluindo uma estátua de moai mulher. Fecha às 17h30 e às segundas. Custa 1000 pesos chilenos.
Mergulho: Mergulhei com o pessoal do Mike Rapu. O centro abre todos os dias e oferece cursos de iniciação, avançados e batismo. Valores a partir de 20 mil pesos, dependendo do número de mergulhos. Há um moai submerso a 18 metros e as saídas de mergulho são próximas à cidade, a 3 minutos de barco.
Caverna: próxima ao Ahu Tahai, a pequena caverna é formada de lava vulcânica e tem uma linda vista para o mar.
Cemitério: Sério, ele é bonito.
Por do sol no Aku Tahai: Vá caminhando do centro de Hanga Roa até lá, às 21 horas.
Nascer do sol do Ahu Tongariki: Vá de carro alugado ou de táxi, agendado na noite anterior.
Estação da Nasa: por muito tempo a Nasa manteve uma estação na Ilha de Páscoa para controle espacial. A enorme pista de pouso do aeroporto é feita para pousos emergenciais de naves espaciais. Hoje a estação está desativada, e se parece com uma das estações do Projeto Dharma de Lost.
Observar o céu: O número de estrelas é impressionante. Mesmo que você tenha o costume de visitar o interior de cidades do Brasil e se fascina com o céu estrelado, adianto: nada é igual à Ilha de Páscoa.
Restaurantes
Estes são os meus favoritos:
Kaloa: no hotel Hanga Roa, tem um imperdível por do sol! O hotel é o melhor da cidade e o restaurante não deixa a desejar. Ótimo atendimento e ambiente. Comi o risoto de camarão, polvo e vieiras inesquecível. O primeiro pisco sour é cortesia da casa.
Makona: neste comi o melhor peixe da cidade, chamado Mata Huira, no prato Pescado de Salsa Exótica: Mata Huira com molho de leite de coco, manga e abacaxi. A atração à parte é a cantoria do Roberto Pakomio, um rapanui figura bastante talentoso, no estilo Jack Johnson local. Esta música, cantada ao vivo, me fez comprar o CD.
La Kaleta: minha relação com este restaurante é sentimental. Gosto porque o ceviche é honesto e o cardápio é escrito em quadro de giz, e já me ganha por isso. Atendimento e vista pro mar sensacionais.
Mana Gallery: o melhor ceviche é deste restaurante, localizado atrás do cemitério. É servido com abacaxi e camotes, que são batatas do Chile, roxas e amarelas.
Haka Honu: localizado ao lado do Banco Santander, este tem uma excelente torta de caranguejo, conhecida como Pastel de Jaiba.
Os abacaxis-picolé, vendidos nas ruas, são maravilhosos!
Informações gerais
A voltagem da cidade é 220V.
O melhor supermercado da cidade fica na rua principal e se chama Supermercado. Aceita todos os cartões e tem uma ótima loja de bebidas, com cervejas artesanais do Chile, piscos e vinhos. Logo ao lado há uma farmácia Cruz Verde, que também aceita cartão e vende água e algumas comidinhas tipo barra de cereal. A água da Ilha de Páscoa é potável em 90% dos locais, mas recomendo ingerir apenas água mineral que já digo logo: tem preço de ouro.
Tickets para o Parque Nacional Rapa Nui custam 30 mil pesos ou 60 dólares e podem ser adquiridos somente em dinheiro em Orongo ou Rano Raraku. A entrada vale para os dois parques por cinco dias, mas apenas uma vez por lugar. É possível comprar os tickets com 15% de desconto no aeroporto, antes da imigração, mas o quiosque só abre depois das 9 da manhã. Quem chega no voo de Lima não consegue comprá-lo, a não ser que o voo atrase.
Além do caixa automático do aeroporto, há outros dois: no Banco do Estado e no Banco Santander, ambos no centro da cidade.
O melhor lugar para comprar souvenirs é na cidade e não nos pontos turísticos. Há uma feirinha no centro e algumas boas lojinhas também.
Orongo era o ponto de partida da competição do Homem-Pássaro e está localizado ao lado do vulcão mais próximo da cidade, o Rano Kau, e há trilha para subi-lo. Leva-se 1 hora de muito sol na cabeça. Chapéu e protetor solar FPS 80 são essenciais. Só na hora que embarquei de volta para Lima que vi a placa no aeroporto dizendo que em uma escala de 1 a 10 em radiação solar, a Ilha tem 11! Passei protetor FPS 50 todos os dias e descasquei 2 vezes.
O Supermercado e a vendinha do posto de gasolina vendem a cerveja Hinanu, do Tahiti. Custa uns 1000 pesos. O Supermercado fecha tarde e a loja do posto fecha no horário do almoço até às 15h00.
Minha ênfase em apontar quem aceita ou não cartão de crédito foi porque deixei para comprar os pesos chilenos no último dia e muitas casas de câmbio não dispõem de estoque da moeda como em dólar e euro. Me surpreendi com a quantidade de lugares que aceitam cartão e mesmo com o IOF alto, ainda prefiro usá-los. Se você também é assim, fica a dica que não precisa limpar o estoque da casa de câmbio antes de viajar. Dá para comprar só o básico e contar com o seu dinheiro de plástico.
Fonte:http://www.melhoresdestinos.com.br/dicas-ilha-de-pascoa.html

Rodando pelo Chile / Ilha de Páscoa

Nesse post conto mais uma vez com a colaboração do meu irmão Marcel P. Zylberberg, que recentemente esteve rodando pelo Chile e Ilha de Páscoa e compartilha tudo com vocês:
Consegui, depois de muita dúvida e confusão, tirar uma semana de férias para matar uma vontade antiga: NEVE! Queria ver a neve, sentir o frio, esquiar ou fazer snowboard… afinal, estava mais do que acostumado a tirar férias e viajar para as praias, para pegar ainda mais calor do que durante o ano aqui no Rio de Janeiro.
Para essa viagem, o contato com um amigo de infância que mora no sul do país foi fundamental para decidirmos o roteiro e aproveitar a viagem em companhia.
ROTEIRO DE 9 DIAS
Santiago, com escala em Montevidéu – Uruguai. Excelente para fazer compras, o melhor preço de todos os FreeShoppings. Para aqueles que têm que comprar diversas encomendas, como perfumes, cremes, e outras coisas que não da certo ficar carregando uma viagem inteira no mochilão, basta comprar e “deixar comprado” e pegar no vôo de volta.
Em Santiago, chegando no aeroporto, vale a pena pegar o serviço de TRANSFER, com a Transvip. Em grupo, procure um serviço “EXCLUSIVO”, onde vocês pagam um valor fixo para até 7 pessoas. Saí muito barato. Tem a opção de ônibus e metrô, mas não cheguei a usar. CUIDADO COM OS TAXISTAS ILEGAIS NO AEROPORTO… parece o Rio de Janeiro.
O metrô em Santiago é muito prático, mas tem uma dica: nos hotéis, ou no guichê, procure um cartão que funciona como um vale transporte, que pode ser recarregado. Com ele você paga o metro e para ir ao shopping por exemplo, tem direito a pegar outro ônibus de graça, só passando o cartão.
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O maior Shopping se chama Parque Arauco. Ele é muito grande e aproveitei várias coisas de inverno em promoção. Tem ainda o Mercado Central, que é bom para comer. A feirinha de artesanato – Centro Artesanal LOS DOMINICOS, excelente para comprar as lembranças (local mais barato e com maior diversidade). Se for ficar alguns dias a mais em Santiago, procure um supermercado grande, chamado LIDER, pois tem muita diferença de preços.
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Para subir para as estações de esqui próximas a Santiago (por volta de 50km), tem as opções: Valle Nevado, El Colorado e La Parva. Existem algumas empresas na capital que alugam o equipamento e fazem o serviço de transfer. No meu caso, sairia mais barato alugar o equipamento na própria estação de esqui. O serviço de transfer custou 9.000 pesos (cerca 30 reais) para El Colorado.
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Para Valle Nevado, 10.000 pesos (cerca 33 reais). Gasta-se uma hora e pouco para subir. No segundo dia tentamos subir de carro alugado, com uns americanos. Eles tinham experiência em dirigir na neve e tivemos que alugar as correntes (senão a polícia não deixa subir). Mas o excesso de neve atrapalhou e a estrada foi fechada. Tivemos que retornar do meio do caminho (foto acima).
A outra acima era no restaurante “COMO AGUA PARA CHOCOLATE”, em Santiago.
RODANDO PELA ILHA DE PÁSCOA
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Para a viagem a Ilha de Páscoa – que era um lugar até então que nunca tinha ouvido falar, antes de meu amigo de viagem Ivan me chamar – foi uma aventura e tanto. Trata-se simplesmente da ilha habitada mais isolada do mundo, com vulcõespraias e os numerosos e enormes Moais, que são esculturas de pedra misteriosamente espalhadas por toda a ilha. Está situada na Polinésia, ao Sul do Oceano Pacífico e a 3700 km do Chile.
Tivemos que comprar a passagem pela LAN, única que opera vôos para lá. É uma excelente empresa, mas os preços não são tão baixos. Ela tem ligação com a TAM, e as milhas podem ser acumuladas no Fidelidade TAM. Vale a pena, já que são 7000 km de viagem, ida e volta.
Para ficar na Ilha, novamente tivemos problemas com preços e escolhas de local. Tem opções de camping, mas acabamos escolhendo uma pousada. Tem que ter atenção, pois se forem ficar em uma pousada fora do centrinho da Ilha, o ideal é alugar carro, ou bicicleta, senão vão perder muito tempo. Nós alugamos um jipe da Suzuki e foi muito bom, pois rodamos quase a Ilha toda em 3 dias. A diária foi por volta de 25 mil pesos, pouco menos de 100 reais.
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Lá na Ilha existem muitos e muitos pontos para visitar. Posso citar: os três Vulcões (fomos em dois deles, o Rano Kao e o Poike), as praias para banho e snorkling como Anakena e Ovahe (norte da ilha), os diversos Moais, A Fábrica de Moais – Rano Raraku (tem um lago que dá pra tomar banho). Imperdíveis são o nascer e o pôr-do-sol no mar… vale a pena acordar mais cedo e se posicionar em uma das praias para acompanhar esses eventos.
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Cuidado com as compras, pois abusam nos preços. Se puder, leve comida do continente. Lá na Ilha são poucas opções, e os preços altos. A maioria dos hotéis tem cozinha a disposição dos hospedes, e assim que nos viramos.
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Vale muito a pena marcar o mergulho. Se já for habilitado, nada que uma boa conversa não consiga ainda um desconto. Se nunca tiver feito, pode escolher um batismo, ou até mesmo snorkeling. Agora tenha cuidado pois é preciso reservar com antecedência de pelo menos um ou dois dias. NÃO VÁ COM o Mike Rapu Diving Center, pois o dono prefere atender as pessoas de um hotel que eles têm convênio e mesmo você estando agendado, ele coloca os hóspedes na frente. Existe o ORCA DIVING CENTER, onde são realmente profissionais.
Texto e fotos por Marcel P. Zylberberg
Agradeço muito ao meu irmão e espero voltar em breve com novidades!
Grande abraço e muita paz! Boa semana para todos!
Michel P. Zylberberg
www.rodandopelomundo.com

Ilha de Páscoa

População: 5.761 hab
Fuso horário: -2h (horário de Brasília)
Distância de outras cidades: Valparaíso: 3700 km; Santiago: 3780; San Pedro de Atacama: 4166 km; Taiti: 4231 km.

Fascinante e isolada do mundo, a Ilha de Páscoa (Rapa Nui, no idioma nativo) é a última fronteira da América do Sul. Descoberta no domingo de Páscoa de 1722 e posteriormente anexada pelo Chile, mais precisamente a 3500 quilômetros de sua costa, ela possui raízes essencialmente polinésias e é repleta de paisagens arrebatadoras.
Bravos navegadores do oeste do Pacífico aqui aportaram por volta do ano 1000, estabelecendo uma civilização singular onde acreditavam ser o “umbigo do mundo”, repleta de mistérios. A mais perene e indisfarçável das questões refere-se aos seus principais símbolos, os moais
Estas gigantescas estátuas de pedra vulcânicas, de 1 a 10 metros de altura e pesando até 80 toneladas, espalham-se por todo o perímetro da ilha e são praticamente o último legado de um povo cuja escrita e cultura praticamente desapareceram. Como foram construídas e qual sua função são questões que provocam debates acalorados. Contemplá-las, por outro lado, desperta a introspecção do visitante, que inicia sua apaixonada busca por uma resposta.
COMO CHEGAR
A Ilha de Páscoa não é um destino próximo do Brasil, então prepare-se para uma viagem longa. No entanto, considere isso uma bela desculpa para combinar seu roteiro com paradas em lugares estratégicos, como Santiago do Chile, ou alongando-o até a Polinésia Francesa. A partir de São Paulo ou do Rio de Janeiro, o trajeto mais curto é pela capital chilena voando com a Lan. Outra alternativa é partir via Lima, no Peru
ATRAÇÕES
Entre o mar azul e o relevo vulcânico, estão ótimas trilhas para explorar de bicicleta, a cavalo, a bordo de uma excursão ou mesmo a pé. Hanga Roa, a única cidade da ilha, concentra não só o aeroporto local mas também boa parte dos hotéis, restaurantes e serviços de Páscoa, incluindo operadoras que organizam atividades como mergulho autônomo, snorkeling, excursões às ilhotas vizinhas e passeios de caiaque.
Dentre os melhores passeios, estão aqueles que passam pelos vulcões Rano KauRano Raraku e à aldeia cerimonial de Orongo
Os turistas ainda podem entreter-se com algumas belas praias, como a calma Anakena – que conta com seu próprio conjunto de moais –, e um complexo sistema de grutas.
No mercado artesanal de Hanga Roa, é possível fazer uma pausa para as compras e adquirir os produtos artesanais típicos da ilha, como talha de madeira e pedra e colares de conchas e corais.
Em tempo: muitos viajantes estendem sua visita à Ilha de Páscoa com o Tahiti, na Polinésia Francesa.
GASTRONOMIA
Como trata-se de uma ilha, a oferta de pescados é extraordinária. Atum grelhado e ceviche são algumas das especialidades locais, sempre combinadas com frescos vinhos brancos chilenos.
Boa parte dos hotéis oferece shows de danças típicas polinésias. Alguns outros vão além, promovendo um ritual chamado Umu Pae, com música e dança típicas, palestra sobre a história do povo rapa nui e um cardápio diferenciado, que inclui carnes e legumes cozidos sob a terra, sobre pedras vulcânicas e cobertas com folhas de bananeira.
Fonte:https://viagemeturismo.abril.com.br/cidades/ilha-de-pascoa-2/

Dicas da Ilha de Páscoa

- Para turistas brasileiros visitarem a Ilha de Páscoa não é necessário visto, bastando apresentar um passaporte válido ou RG que permita a identificação clara da foto do portador. 
- Se quiser alugar um carro, é imprescindível levar sua carteira de motorista, mesmo que seja a emitida no Brasil. Esse documento não serve para entrar no país, apenas para dirigir. 
 - Vários lugares aceitam dólar, mas em alguns locais compensa mais pagar em pesos chilenos, a moeda oficial do país que é encontrada em várias casas de câmbio no Brasil. Os cartões de crédito são aceitos nos estabelecimentos maiores, como restaraurantes e hotéis,e há também alguns (poucos) caixas eletrônicos para fazer saques. Para maiores informações sobre esse assunto, leia sobre dinheiro e gastos.
- Na ilha se fala espanhol e rapa nui, a língua nativa. O inglês é falado pelas pessoas ligadas ao turismo e o português pode ser compreendido por ser semelhante ao espanhol. Um dica muito bacana é aprender, pelo menos, palavras básicas de rapa nui, como iorana (olá, tchau) e maururu (obrigado). Os nativos ficam contentíssimos quando nos expressamos na língua deles. 
- A Ilha de Páscoa pertence ao Chile, por isso o carimbo que aparece no passaporte é o chileno. No entanto, vale a pena ir até a agência dos Correios de Hanga Roa pedir para caribarem seu passaporte, que passará a contar com uma estampa dos moai. 
- O check-in da Ilha de Páscoa, tanto na ida quanto na volta, é considerado internacional e você precisa estar no aeroporto duas horas antes do horário previsto para a saída do voo.
Em Santiago o check-in é feito na área internacional e o embarque, na área doméstica.
Vai fazer conexão na capital chilena? Leia nossas dicas sobre como chegar.
- Ao desembarcar em Páscoa, compre em um quiosque logo na chegada do aeroporto o ingresso que dá direito à entrada em Orongo e Rano Raraku. Não é difícil identificar o local, pois uma fila se forma por ali quando se inicia o desembarque. É mais vantajoso comprá-lo no aeroporto porque, enquanto no terminal aéreo sai por US$ 50, no escritório do CONAF, em Hanga Roa, sai por US$ 60.
O ingresso é imprescindível para conhecer os sítios arqueológicos de Orongo e Rano Raraku e só é vendido nos locais acima mencionados, não sendo possívei comprá-los nas entradas dos parques. O ingresso tem validade de 5 dias a partir do primeiro uso e só possibilita a entrada em cada parque uma única vez. 
- Sempre tenha um mapa com você. A ilha não tem muitas placas e os mapas são as melhores fontes para circular, principalmente de carro.
- Para quem pensa em fazer os passeios por conta própria, recomendamos comprar um guia impresso sobre a ilha para entender melhor o local e obter informações sobre cada ponto turístico que visitar. 
- Coloque na mala um calçado confortável (as caminhadas são inevitáveis), protetor solar, chapéu, roupa de banho e um agasalho - na ilha não é comum fazer frio extremo, mas uma frente fria pode deixar o tempo mais fresco. Um casaco impermeável ou capa de chuva também podem ajudar para a hora que cair a chuva. 
- Leve uma lanterna: algumas ruas ficam muito escuras à noite e uma lanterninha vai fazer falta se você for ao amanhecer no Ahu Tongariki.
- O tempo na ilha de Páscoa muda constantemente. Não fique desanimado se a previsão do tempo mostrar uma situação, pois ao vivo o quadro pode ser completamente diferente. 
- A paisagem na Ilha de Páscoa é espetacular e quem gosta de fotografia não pode deixar de levar um tripé. À noite, o céu é incrível e rende fotos belíssimas!
- Ajude a preservar as belezas de Páscoa não subindo ou tocando nos monumentos, nem avançando o limite estabelecido para caminhada nos sítios históricos. Causando danos ao patrimônio da ilha você poderá se sujeitar ao pagamento de multas ou prisão. 
- Diversos animais como cachorros e cavalos estão soltos na ilha. Diriga com cautela para provocar nenhum acidente.
Esse texto sobre Dicas da Ilha de Páscoa faz parte do guia de Ilha de Páscoa no Melhores Destinos
Fonte:https://guia.melhoresdestinos.com.br/dicas-de-ilha-de-pascoa-114-1200-p.html
Os Andarilhos do Mundo tem o orgulho de apresentar o nosso Guia da Ilha de Páscoa, com dicas para que você monte seu roteiro você mesmo. Isso mesmo! Reunimos todos os nossos posts anteriores neste artigo-índice que compila todo o material que já publicamos.
Ahu Tongariki - Guia da Ilha de Páscoa
Preparamos o material com muito carinho atendendo aos pedidos dos nossos leitores. Espero que vocês gostem e que não hesitem em usar a caixa de comentários para tirar suas dúvidas, acrescentar informações ou sugerir correções.
Bora?

Chegando na Ilha de Páscoa

Há só uma companhia aérea que opera na Ilha de Páscoa – a LAN. Esta, por acaso, acaba de passar por uma fusão com a nossa brasileiríssima TAM, o que significa que agora nós podemos comprar as nossas passagens direto pelo site da TAM em português. Dá até para emitir bilhetes usando milhas do programa Fidelidade, ou ficar de olho nos descontos do CupoNation.*
Voo Lan para Rapa Nui
É muito importante que você emita todos os trechos dentro de um mesmo bilhete aéreo, pois como nos informou o pessoal do blog Fragata Surprise e do Janela ou Corredor, atrasos e cancelamentos são um problema tão frequente quanto imprevisível.
Os voos saem de Lima ou de Santiago, mas não em todos os dias da semana. O voo de Lima costuma sair tarde da noite (0:40h) e o de Santiago, cedo da manhã (09:40h), mas esses horários podem variar conforme o dia da semana. Faça sempre simulações no site da companhia (ou no seu buscador de passagens aéreas preferido) quando estiver programando sua viagem.
Voo Lima para Ilha de Páscoa
O tempo de voo é de 5 horas, tanto a partir de Lima, quanto de Santiago. E o fuso horário é de 3 horas a menos que no Brasil, sem levar em conta os horários de verão.
Lá no Aeroporto Mataveri, uma fila IMENSA leva a gente até a imigração, onde só havia um funcionário trabalhando, carimbando os passaportes de mais de 200 passageiros, um de cada vez (eram umas 06h da manhã).
Ali na fila descobrimos que poderíamos comprar o ingresso para visitar Orongo e Rano Raraku, os dois sítios arqueológicos mais interessantes da Ilha. Preço: US$ 50,00. Se deixássemos para comprar na bilheteria dos parques, o preço subia para US$ 60,00. Compre!
LAN Linhas Aéreas
No dia de ir embora, percebemos que há várias lojinhas em Mataveri. Dá até para alguém ficar fazendo umas comprinhas enquanto o outro fica na imensa fila do check-in. Ao menos a coisa com o passaporte foi mais rápida para o voo de volta.
Lojinhas no Aeroporto Mataveri
Fique atento às regras da aduana chilena quanto ao ingresso de produtos animais e vegetais no país (a Ilha de Páscoa pertence ao Chile, caso não saiba). Já escrevemos um post explicativo só sobre o assunto.

Onde se hospedar na Ilha de Páscoa

A Ilha de Páscoa tem muitas opções de hospedagem, atendendo todos os bolsos. Entretanto, prepare-se para pagar mais caro do que está acostumado pelo mesmo nível de acomodação.  Por exemplo, se um 4 estrelas aqui no Brasil custa uns R$ 300-350,00, lá custará cerca de R$ 500,00.
outro lounge do hotel tupa ilha de pascoa
A gente se hospedou no Tupa Hotel e escrevemos um post com um review da nossa esperiência com eles. Há ainda albergues, campings e hospedagem em casas de nativos, além de hotéis de luxo como o Explora Rapa Nui.

Hanga Roa – o centro

Hanga Roa é o nome da única cidade da ilha e, acredite, não passa de um pequeno vilarejo. Mas tudo o que você pode precisar vai estar ali, de restaurantes a caixas eletrônicos, de centro de informações turísticas a posto de gasolina.
Lojinhas de Hanga Roa - Ilha de Pascoa
Nós escrevemos um post detalhando tudo sobre a “capital” da Ilha de Páscoa – o guia para Hanga Roa. Lá, publicamos esse mapa onde você ver de antemão onde estão localizados os principais pontos de interesse.

Visualizar Hanga Roa em um mapa maior
Repare: no mapa acima aponto onde está o posto de gasolina, os caixas eletrônicos, os lugares para banho em piscinas beira-mar, os lugares onde há shows folclóricos Rapa-Nui, além dos pontos de aluguel de carros.

Circulando pela Ilha de Páscoa

Para percorrer a ilha, recomendo alugar um carro. O preço pode não ser dos mais convidativos, mas vai lhe dar a liberdade para explorar os cantinhos que você quiser, na hora que quiser. As duas maiores locadoras são a Oceanic e a Insular.
Estradas Rapa Nui
Nós tivemos dificuldade em conseguir um veículo, por isso recomendo que providencie o seu jipe logo quando possível, para não correr o risco de ficar a pé (o estoque deles é limitado, e pode ser insuficiente na alta temporada).
Vulcão Pu'i e nosso carro
Perceba que a ilha não aluga carros de passeio, mas apenas 4×4, porque há uns trechos de estrada de terra que estão tenebrosos! Para se situar, preparei o mapa abaixo, indicando as condições das várias vias locais para vocês se prepararem psicologicamente.
estradas Ilha de PáscoaEm Hanga Roa há ruas asfaltadas e de terra, mas eu não as demarquei neste mapa. Fonte: Wikipedia
Bem, e há os táxis. Estes cobram cerca de 15mil pesos de Hanga Roa para a praia de Anakena (são 18km de distância), ou 2mil pesos dentro da cidade, conforme apurou o pessoal do blog Janela ou Corredor. Eles descobriram, inclusive, que também há ônibus até a praia, por 5mil pesos cada perna.
É bom avisar que o posto de gasolina não aceita cartão de crédito. Para a nossa sorte, acho que combustível é a única coisa que custa o mesmo preço do Brasil.

Contratando passeios

Nós não contratamos passeios durante a nossa viagem, mas ao que parece, a maior agência de excursões é a Kia-Koe Tour. Vimos várias plaquinhas dessa e de outras agências afixadas pela avenida principal, além de folders variados no nosso hotel.
O lado bom é que você terá um guia para dar todas as indicações históricas daquilo que você está visitando. O lado ruim é ter que se adequar aos horários do grupo.
Crânio dos cavalos selvagensQuando vimos a primeira dessas pelo caminho, achamos que era macumba! kkkkk Viajar sem guia dá nisso…
A verdade é que a Ilha não é assim tão grande, então muito provavelmente você vai nos mesmos lugares que as excursões, mesmo se viajar de forma independente.
Crânios de cavaloDepois descobrimos que eram só crânios de cavalos selvagens (tem DEMAIS, por todos os lados) 

Para mergulhar

Nós também não mergulhamos durante a nossa viagem, mas já vimos em outros blogs algumas sugestões. O blog Rodando pelo Mundo, por exemplo, avisa para reservar o seu passeio com antecedência, porque eles costumam lotar.
Oceano Pacífico e as rochas negras
Como tudo na Ilha de Páscoa costuma ser mais caro que o normal, acho que não deve ser uma boa não deixar para fazer o “batismo” por lá. Das agências concorrentes (as sedes ficam no porto, perto dos moais em Hanga Roa), parece que a Orca Diving Center é mais profissa, segundo o blog Rodando pelo Mundo. Mas tem também o Mike Rapu.

Onde comer na Ilha de Páscoa

Nós tivemos 3 noites na ilha para jantar, em uma delas, comemos no Hetu’u e publicamos nosso review neste link. Era aniversário do Sandro e achamos que a data merecia uma comemoração em alto nível.
Filé de atum Restaurante Hetu'u Rapa Nui Ilha de Páscoa
Na noite seguinte, nos viramos com besteiras que compramos no supermercado e na noite restante, jantamos comida típica Rapa Nui, assada num forno dentro da própria terra. Era a celebração de uma cerimônia folclórica, com direito a danças e pintura corporal, um show inesquecível no Te Ra’ai.
show folclórico Rapa Nui grupo haha-harua
E os almoços? Lanches na cafeteria Moiko Ra’a num dia, uma empanada no barzinho Mahina em outro, e dê-lhe supermercado de novo! Mas foi no almoço do primeiro dia justamento quando conhecemos o Hetu’u, ainda na maior inocência.
Mas lugares bons para uma refeição não falta na ilha toda, incluindo desde alguns spots à beira-mar, até barzinhos descolados, passando por jantares-gourmet nos melhores hotéis. O blog Janela ou Corredor e o Fragata Surprise fizeram um bom passeio gastronônimo pela ilha e contam direitinho no blog deles.

O que fazer à Noite

Esse guia da Ilha de Páscoa não estaria completo sem falar um pouco da vida noturna. Bem, nós não somos baladeiros e não visitamos nenhum barzinho durante os dias em que estivemos por lá. Mas… Vimos alguns deles abertos e podemos dar alguma opinião superficial…
Parece que a “night” não é o forte da ilha. O lugar é muito pequeno, gente! Mesmo com a presença de turistas, vimos apenas movimento em um ou outro lugar, com uma meia-dúzia de gatos pingados tomando lá sua cervejinha. Os shows folclóricos são um programa legal. Falamos deles aqui.
show folclórico Rapa Nui apresentação
O bom é que tudo é perto, então certamente o point da noite estará na avenida principal ou então ali na beira-mar. O único blog que vi citar um barzinho legal foi o Rascunho de Viagens, que cita o bar Topatangui. #ficadica

Indo para a Praia

Escrevemos também um post exclusivo sobre onde pegar praia na Ilha de Páscoa. Mas, sem dúvida, Anakena é o lugar. Afinal, é a única que tem estrutura decente para o turista, com barraquinhas para beliscar e comprar um cerva, além da beleza polinésica de suas águas.
Praia na Ilha de Páscoa - Anakena
Os moais ali bem do ladinho dão um charme especial, o que não se encontra em Ovahe, outra praia onde dá para tomar banho, mas que não oferece nada além de um pouquinho de areia e pedras.
Lembro sempre que há as piscininhas naturais ali em Hanga Roa mesmo, perto do porto, ao lado do Restaurante Pea, além de outras na direção do Ahu Tahai (rumo norte). No verão deve dar para aproveitar bastante e em pleno Setembro, até que tinha bastante gente surfando por ali.

O que tem para conhecer na Ilha de Páscoa?

Aí sim, temos bastante coisa para falar. Apesar de ser pequena, de ter apenas 18km no maior eixo e de possuir uma grande área protegida em que o trânsito de veículos é proibido, há tantos pontos de interesse que dá para passar uma semana tranquilo conhecendo todos eles. Vou separar as atrações por circuitos que dá para fazer em meio-dia.

1) Orongo / Rano Kau / Ana Kai Tengata

Saindo de Hanga Roa (o centro), pegue a estrada que está a direita do Aeroporto e siga rumo ao vulcão. São 6km de estrada de terra bem conservada, ou 3,5km pela trilha demarcada em amarelo no mapa abaixo. Reserve 4-6h para esse passeio, seja por conta própria ou por agência.

Visualizar Rano Kau em um mapa maior
Logo no início, a caverna Ana Kai Tangata tem petroglifos (demarcações simbólicas nas pedras), com símbolos que remetem a manutara, uma ave migratória que passa pelo região anualmente.
Placa indicando Ana Kai Tangata
Rano Kau, no final da trilha, tem uma das mais exóticas (e belas) crateras de vulcão do mundo, a gente caminhou um bocado na borda dele, uma experiência que rendeu boas fotos.
Rano Kau petroglifo da ilha de páscoa
E bem na borda do vulcão, numa área de preservação com cobrança de ingresso, está Orongo. Ali dá para conhecer a aldeia cerimonial reconstruída pelos arqueólogos, onde acontecia o ritual do homem-pássaro.
Orongo Construções Rapa Nui
Clique nos links para se informar mais sobre cada atração, que está descrita em um post à parte. Nós até temos fotos legais, mas as fotos do blog Phototravel 360 matam a pau. Aproveitem para dar uma conferida por lá também.

2) Rano Raraku / Fábrica de Moais / Ahu Tongariki

Saindo de Hanga Roa pela estrada sul, à beira mar, você chega até o Ahu Tongariki, a plataforma cerimonial restaurada, com os seus 15 moais de pé.
Rano Raraku e Tongariki
É uma coisa impressionante de se ver, principalmente no nascer do Sol, um dos passeios vendidos, inclusive pelas operadoras locais.
Ahu Tongariki - Ilha de Páscoa
Bem do lado (acesso por estrada de terra), fica a Fábrica de Moais, uma pedreira na face externa do vulcão Rano Raraku, cheia de moais em diversos estágios de construção. É uma das únicas atrações em que há cobrança de ingresso (assim como Orongo), e é o lugar mais legal de visitar em toda a ilha.
Ilha de Páscoa Rano Raraku
Além das dezenas de moais espalhados por todos os lados, dá ainda para visitar a cratera do vulcão(o lado de dentro), uma das paisagens mais lindas da ilha, na minha opinião. Reserve também umas 4 horas para fazer esse passeio com tranquilidade.
Rano Raraku vegetação flutuante

3) O Setor Akivi / Ana Te Pahu / Ana Kakenga

Outro roteiro que leva umas 4-6 horas para ser percorrido, dependendo das condições da estrada. Comece visitando o solitário Ahu Uri A Urenga, logo no início da estrada (horrível) que vai até o Ahu Akivi. Depois, siga até Puna Pau, o vulcãozinho de onde eles extraíram a rocha que servia para fabricar o pukao (o chapéu dos moais).
Puna Pau Pukao quase pronto
Logo, você estará ao lado do Ahu Akivi, uma linda plataforma onde estão os únicos moais de toda a ilha de Páscoa que olham na direção do mar.
ahu akivi - moais da ilha de páscoa
Indo rumo oeste, você passará pelo labirinto de cavernas de Ana Te Pahu, que vale uma visitinha rápida para imaginar como os Rapa Nui faziam para viver ali dentro, na era das guerras tribais.
Caverna Ana Te Pahu - Ilha de Pascoa
A estrada termina na beira-mar, onde está o Ahu Te Peu. Seguindo de volta a Hanga Roa pelo trecho mais esburacado que existe em toda a Ilha de Páscoa, você passará por Ana Kakenga, a famosa caverna das duas “ventanas”, bem em frente de uma ilhota. A gente, infelizmente, passou batido sem saber que ali tinha algo de interessante para ver.
O final dessa estrada é no complexo Tahai, já pertinho de Hanga Roa. Clicando nos links você vai ter acessos aos posts que falam de cada atração dessas.
Circuito Akivi

4) Anakena / Ovahe / Umbigo do Mundo / Papa Vaka

Esse roteiro pode demorar mais ou menos, conforme o tempo que você dedicar indo para a praia. Anakena é obviamente, o lugar mais indicado para esticar a canga e até para uma refeição. Tem até dois ahu (plataformas) por lá. Em um deles, vários moais com pukao e em outro ahu, um moais solitário.
anakena ahu nau nau
Ovahe é uma praia que fica do ladinho de Anakena e vale dar uma conferida. Bem pertinho também, no caminho para o Ahu Tongariki, está o Umbigo do Mundo, ao lado do Ahu Te Pito Kura, onde jaz caído e quebrado o maior moai já erguido em toda Rapa Nui. As propriedades magnéticas da rocha atraem uma horda de turistas.
Umbigo do Mundo Ilha de Páscoa energia
E um pouco antes de chegar em Tongariki, há mais petroglifos, numa trilha auto-interpretativa guiada por várias placas informativas. O lugar se chama Papa-Vaka.
Anakena e Umbigo do Mundo

5) Caçando os Moais caídos

Fizemos um post completo explicando todos os moais que conseguimos localizar em Rapa Nui. Mas para facilitar sua vida, aqui neste guia da Ilha de Páscoa, indicamos só os que mais valem a visita.

akahanga e ura uranga te mahina
Estes estão marcados no mapa abaixo: Vinapu, onde o ahu (a plataforma cerimonial) está muito bem preservad0, e possui ruínas de casas Rapa Nui; o complexo Vaihu, um dos mais fáceis de encontrar, com um moai solitário bem ao lado da estrada e o Akahanga, bem ao lado de uma vila de pescadores. Estes são os mais grandiosos, mas em todos eles as estátuas estão com a cara esborrachada no chão.
moais caídos
Se você só passar rapidamente por eles, pode emendar com o passeio número 4 (até Anakena) para completar as 4-6 horas desse tour. Se quiser procurar ahu por ahu, mesmo que não tenha nada demais, só para completar a sua coleção como nós fizemos, prepare-se para gastar 4 horas só nisso!

6) Trilha para Teravaka

Teravaka é o ponto mais alto da Ilha de Páscoa e para chegar até lá só por trilha, bike ou a cavalo (as agências locais vendem o passeio a cavalo, mas não fizemos). A subida leva cerca de 1:30h a pé, mas há várias crateras lá em cima para serem visitadas. Portanto, programe 4-6 horas aqui também.
Teravaka paisagem

7) Hanga Roa / Complexo Tahai

Em Hanga Roa, há alguns pontos turísticos interessantes, como os Ahu que ficam bem no centro e alguns moais de concreto (decorativos) em frente ao Vai Te Mihi (onde também há shows folclóricos). O mais legal mesmo é o complexo Tahai, com três ahus e a vista para o pôr do Sol.
Complexo Ahu Tahai - Ilha de Páscoa
Nós não tivemos a sorte de poder fotografá-los nessa hora mágica, mas por outro lado, conseguimos clicar uns gringos que estavam se casando à moda Rapa Nui no lugar. A cerimônia estava sendo conduzida por um sacerdote nativo, segundo os costumes locais. Esse tipo de experiência (entre outras) pode ser contratado com o mesmo pessoal que fez o show folclórico Te Ra’ai.
Casamento Rapa Nui em Tahai
Outra coisa legal, mas que não conseguimos conhecer, foi o museu da ilha. Fica bem perto do complexo Tahai (uma pernada boa para quem estava hospedado perto do aeroporto). Durante a nossa estadia ele ficou fechado (pelo menos assim nos disseram).
Fonte:http://andarilhosdomundo.com.br/2013/03/guia-da-ilha-de-pascoa-monte-seu-roteiro/

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